
-
Gabriel Diallo conquista em 's-Hertogenbosch seu primeiro título ATP
-
Sem brilhar, México vence República Dominicana (3-2) na abertura da Copa Ouro
-
Novo técnico Gennaro Gattuso tem missão de levar Itália à Copa de 2026
-
Tatjana Maria vence Anisimova e conquista torneio de Queen's aos 37 anos
-
Maré vermelha toma Haia para pedir ao governo que lute contra o 'genocídio' em Gaza
-
Trump diz à ABC que é 'possível' que os EUA se envolvam no conflito Irã-Israel
-
Socorristas de Gaza dizem que 16 pessoas morreram nas operações israelenses
-
Familiares comparecem aos funerais das vítimas do acidente da Air India
-
Líderes cristãos querem influenciar a reflexão sobre a IA
-
Israel alerta que Irã pagará um 'preço muito alto' pelas mortes de civis
-
Polícia dos EUA busca suspeito do assassinato de congressista estadual
-
'Não sobrou nada', israelenses enfrentam os danos do ataque do Irã em casa
-
Macron visita Groenlândia para expressar sua solidariedade ante ameaças de Trump
-
Protestos contra Trump em Los Angeles terminam em caos
-
Ataque israelense ao Irã, o enésimo feito do Mossad em território inimigo
-
Familiares iniciam os funerais das vítimas do acidente da Air India
-
Trump exibe poder militar dos EUA em meio a protestos
-
França retira condecoração de ex-presidente Sarkozy após condenação por corrupção
-
Mísseis iranianos deixam 10 mortos em Israel em mais uma noite de ataques mútuos
-
Inter Miami e Al Ahly empatam (0-0) na abertura da Copa do Mundo de Clubes
-
PSG e Atlético de Madrid entram em ação na Copa do Mundo de Clubes na tensa Los Angeles
-
Israel ataca novamente o Irã após salva de mísseis iranianos
-
Com a 'maldição de Kane' quebrada, Bayern chega mais confiante à Copa de Clubes
-
Dezenas de milhares de manifestantes saem às ruas nos EUA contra o 'rei' Trump
-
Taremi, atacante da Inter, está retido no Irã e vai perder início da Copa de Clubes
-
Botafogo estreia no 'grupo da morte' da Copa de Clubes contra Seattle Sounders
-
Protestos contra Trump antes de desfile militar marcado por ataque a congressistas
-
George Russell (Mercedes) conquista pole position do GP do Canadá de F1
-
Homem disfarçado de policial mata a tiros congressista democrata nos EUA
-
Morte a tiros de congressista democrata enluta desfile militar de Trump
-
Lesionado, Soteldo deve desfalcar Fluminense na fase de grupos da Copa de Clubes
-
Estêvão inicia sua despedida do Palmeiras na estreia contra o Porto na Copa de Clubes
-
Irã ameaça Israel com resposta "mais forte" no segundo dia de bombardeios
-
Congressista democrata é morta a tiros em meio a clima político tenso nos EUA
-
Ex-ministro de Bolsonaro suspeito de obstrução a julgamento por golpismo é libertado
-
Tatjana Maria vence Madison Keys e vai enfrentar Anisimova na final do WTA de Queen's
-
Israel afirma ter o 'apoio manifesto' de Trump em seu ataque ao Irã
-
Morre a ex-presidente da Nicarágua Violeta Barrios de Chamorro
-
Zagueiro do Boca consegue visto dos EUA e poderá disputar Copa do Mundo de Clubes
-
Ataque a tiros em Minnesota mata congressista democrata e deixa outro ferido
-
Zverev vence Shelton em Stuttgart e volta a uma final na grama após 8 anos
-
Adversários dos EUA fomentam desinformação sobre os protestos em Los Angeles
-
Baltimore, capital das overdoses nos EUA, em vias de recuperação
-
Qual foi o impacto dos ataques israelenses no programa nuclear do Irã?
-
Programa nuclear do Irã, a obsessão de Netanyahu há duas décadas
-
Israel alerta que 'Teerã arderá' se o Irã continuar disparando mísseis
-
Trump completa 79 anos e preside desfile militar em meio aos protestos nacionais
-
Sobe para 279 o número de mortos em acidente com Boeing 787 na Índia
-
Desfile de aniversário de Charles III em Londres homenageia vítimas do acidente da Air India
-
Israel bombardeia defesas aéreas e lançadores de mísseis no Irã

Na Carolina do Norte, vale segue quase incomunicável uma semana após furacão Helene
A única rodovia para se chegar à cidade americana de Pensacola, situada em um vale no meio das montanhas da Carolina do Norte, virou uma trilha lamacenta entre desfiladeiros uma semana depois da passagem devastadora do furacão Helene.
"As principais pontes de acesso à cidade foram totalmente arrasadas", conta a moradora Christy Edwards perto de sua antiga oficina, totalmente destruída pelas inundações.
O isolamento deste vale pequeno e profundo, onde Edwards nasceu e viveu por toda a vida, ilustra a magnitude dos danos causados por Helene nestes recantos do sudeste dos Estados Unidos. Uma semana depois, o acesso é liberado pouco a pouco.
A quase 1.000 metros de altitude, o tempo urge. "O inverno se aproxima", adverte Edwards, ex-professora. Na semana que vem, as temperaturas vão baixar "e esta gente, estas casas, têm apenas calefação elétrica, [embora] algumas tenham estufas a lenha".
A algumas centenas de metros de sua casa e da montanha de árvores e pedras que se acumulou em seu jardim, na sede dos bombeiros um gerador fornece luz e conforto aos moradores.
Janet Musselwhite, na casa dos 60 anos, veio com a amiga, Randi, para fazer contato com seus familiares usando internet via satélite. "Estamos devastados. Não temos eletricidade, a maioria das pessoas está sem água corrente, não temos rede de telefonia" e "é muito difícil chegar à cidade", resume, enquanto recebe alimentos.
A única estrada de acesso ao vale só é acessível para veículos 4x4, o que implica correr riscos.
- Nada igual -
Pelo menos uma pessoa morreu nos arredores de Pensacola, uma mulher de nome Susan ficou presa, segundo um vizinho, em uma das dezenas de deslizamentos de terra registrados na manhã da sexta-feira, 27 de setembro.
O furacão Helene, que deixou pelo menos 214 mortos no país, é o segundo mais letal registrado nos Estados Unidos em mais de 50 anos, depois do Katrina, em 2005. Os cientistas têm relacionado sua intensidade ao aquecimento dos oceanos provocado pelas mudanças climáticas.
Ninguém no vale, nem em toda a região tinha visto nada igual.
No quartel dos bombeiros, o militar reformado David Rogers mostra vídeos em seu telefone das águas revoltas que arrasaram o trailers instalados logo abaixo de sua casa. Os moradores conseguiram fugir, mas "três pessoas tiveram que ir para o hospital", conta.
Ele e os sobreviventes dos trailers - muito frágeis e um indício da pobreza nas áreas rurais dos Estados Unidos - ficaram completamente isolados do mundo nos três primeiros dias.
- 'É uma confusão' -
Depois do serviço de emergência, chegaram as primeiras escavadeiras. Dezenas de operários trabalham intensamente para restabelecer as condições da rodovia coberta de barro e pedaços de asfalto, esmagados pela força das águas.
Em meio a toda essa agitação, a presença das autoridades é discreta. Perto da sede dos bombeiros, o soldado Shawn Lavin, da Guarda Nacional do Estado de Nova York, ajuda com uma equipe de cerca de dez pessoas.
Seu chefe não quer revelar seu nome, mas admite que os trabalhos de assistência entre seu pessoal, os locais e os voluntários vindos de longe, alguns com seus próprios helicópteros, "é uma confusão".
Para muitos dos moradores desta região remota, a presença das autoridades chegou tarde demais, e o acesso à ajuda de emergência da agência federal especializada, FEMA, é complicado demais, sendo necessário solicitá-lo pela internet.
"Estas pessoas não têm computadores, não têm eletricidade", diz, irritada, Edwards, que se sente "abandonada". "Precisamos que as pessoas venham casa por casa e perguntem: 'Como podemos te ajudar?", afirma.
Neste maciço dos montes Apalaches, "sempre soubemos que fomos deixados para trás", prossegue Edwards. "Somos o tipo de gente que nunca pede ajuda."
Mas, desta vez, diz, o cataclismo "é maior" que seus recursos: "Precisamos de ajuda do Estado", pede.
M.Vogt--VB