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Danças ancestrais e política no primeiro torneio de futebol indígena do Brasil
Jogadores com cocares, colares e rostos pintados dobram os joelhos em uma coreografia em um estádio em Brasília. Minutos depois, eles entram em campo no primeiro campeonato nacional indígena de futebol.
Os povos originários não são imunes à paixão futebolística no país pentacampeão mundial.
Especialmente vulneráveis à mudança climática, os indígenas se mobilizaram nos últimos anos no Brasil para que suas causas fossem ouvidas. E o futebol também apareceu como uma plataforma de visibilidade.
Para o primeiro torneio indígena nacional, os organizadores buscaram talento entre as mais de 300 etnias do Brasil.
Um total de 92 equipes foram formadas e 2.700 jogadores participaram do campeonato, que começou em 2023 em nível regional, antes que as melhores equipes se encontrassem neste fim de semana para a final em Brasília.
A organização não foi fácil, admite um de seus responsáveis, Burain Kariri Sapuyá, da Conafer, um agrupamento de agricultores familiares que inclui indígenas.
Lidaram com "diversos povos, diversos lugares, acesso muito complicado", resume à AFP.
- "A força dos ancestrais" -
Os cinco finalistas se enfrentam neste de semana no estádio do Bezerrão.
Antes de ir a campo, os jogadores realizam uma cerimônia ancestral, cantando e dançando ao ritmo de tambores e maracás.
"Fazemos a nossa dança para buscar a força dos nossos ancestrais", disse Nicinho da Cruz Nascimento, atacante do Pataxó Imbiruçu, de Minas Gerais (sudeste).
Mas as flexões corporais também são um excelente aquecimento, admite sorrindo à AFP.
Já na casa dos trinta, poucos sonham a essa altura com um salto para o estrelato, mas as partidas são disputadas com paixão e transmitidas ao vivo na Internet.
Valdemiro Lucas está há uma década treinando jovens na Terra Indígena Ivaí, uma aldeia remota lar da etnia kaigang, a mais de 1.500 km da capital nacional.
Disse se inspirar nos grandes times brasileiros como Palmeiras e Flamengo, e querer mostrar que os "índios sabem jogar bola".
- "Abrir espaços" -
"Temos a capacidade de fazer um futebol bonito", defende Amauri Carvalho, capitão do Clube Esportivo Aldeia Brejão.
Mas o torneio também é importante para as lutas indígenas "porque abre espaços", diz Amauri, da etnia terena, do Mato Grosso do Sul.
O torneio coincidiu esta semana com o Acampamento Terra Livre, um evento anual que reúne milhares de indígenas em Brasília.
Este ano, o Acampamento reuniu povos de outros países da América do Sul e da Oceania para pedir que suas reivindicações climáticas sejam levadas em conta durante a COP30 da ONU, que será realizada em Belém.
Também exigiram que o Estado brasileiro continue com a demarcação de suas terras originárias, consideradas aliadas contra a destruição da floresta e para a proteção dos povos.
"Demarcação já", dizia um cartaz exibido durante o torneio em Brasília.
- "Emoção grande" -
O troféu que o campeão nacional levantará neste domingo está carregado de simbolismo. Leva o nome de Galdino Jesus dos Santos, do povo kariri-sapuyá, assassinado em Brasília em 1997 por cinco jovens que atearam fogo em seu corpo.
Apesar da travessia cansativa de ônibus para chegar de Pataxó a Brasília, Lucidalva Alves Ferreira afirma não quis perder o torneio.
"A gente tem que vir para torcer, para cantar e é uma emoção tão grande que a gente não pode deixar eles virem só", diz essa professora de educação infantil, de 52 anos.
M.Schneider--VB