-
Meghan Markle se prepara para voltar ao cinema
-
Gigantes tecnológicas miram no espaço para impulsionar corrida pela IA
-
'O futebol vai conquistar os Estados Unidos', garante presidente da Fifa
-
Acidente com avião de carga deixa 11 mortos nos EUA
-
EUA cancelará voos a partir de 6ª feira por fechamento do governo
-
Inter de Milão vence Kairat Almaty (2-1) e se mantém 100% na Champions
-
Barcelona evita derrota em visita ao Brugge (3-3) na Champions
-
Manchester City goleia Borussia Dortmund (4-1) na Champions
-
Trump ataca democratas por maior paralisação de governo da história nos EUA
-
Milan registra queda nos lucros apesar de bater recorde de receitas
-
Imagens de satélite ajudam a revelar atrocidades da guerra no Sudão
-
Estêvão marca e Chelsea empata com Qarabag (2-2) na Champions
-
Novo julgamento por morte de Maradona começará em 17 de março de 2026
-
Rybakina e Anisimova avançam no WTA Finals
-
França ativa procedimento para 'suspender' plataforma Shein
-
EUA quer abrir escritórios de departamento de segurança no Equador
-
Suárez é suspenso por agredir adversário e desfalcará Inter Miami nos playoffs da MLS
-
Hakimi, Dembélé e Nuno Mendes desfalcarão PSG nas próximas semanas
-
Homem atropela pedestres e deixa cinco feridos na França
-
Justiça da Bolívia anula sentença contra ex-presidente Jeanine Añez e ordena sua libertação
-
Rybakina vence Alexandrova e termina 1ª fase do WTA Finals invicta
-
Presidente do México denuncia homem que a assediou sexualmente na rua
-
Balmain anuncia saída de seu diretor artístico Olivier Rousteing
-
Putin diz que Rússia está avaliando retomar testes nucleares
-
Trump ataca democratas por maior paralisação do governo dos EUA da história
-
Primeiro-ministro belga convoca reunião de emergência após novos sobrevoos de drones
-
Pagar para preservar as florestas: Brasil promove ambicioso fundo de investimentos na COP30
-
Aos 45 anos, Venus Williams disputará WTA 250 de Aukcland
-
Acidente com avião de carga deixa 9 mortos nos EUA
-
Emmanuel Carrère ganha prêmio Médicis na França com livro sobre sua mãe
-
Os principais temas das memórias de Juan Carlos I
-
Sudaneses descrevem estupros sistemáticos ao fugir de El Fasher
-
Bortoleto e Colapinto abrem horizontes para América Latina na F1
-
'Somos ricos demais', diz o famoso fotógrafo Martin Parr
-
Em livro de memórias, rei emérito Juan Carlos I busca 'aproximar-se' dos espanhóis
-
Com 29 minutos debaixo d'água, apneísta croata explora limites humanos
-
Anfitrião da COP30, Brasil ostenta balanço positivo em matéria climática
-
Shein inaugura em Paris sua primeira loja física com forte presença policial
-
Países latino-americanos buscam atrair o turismo europeu em feira de Londres
-
Estudo reforça benefícios de vacinas contra covid em crianças e adolescentes
-
Palestino vencedor do Oscar filma a 'impunidade' israelense na Cisjordânia
-
Mamdani conquista a prefeitura de Nova York em grande noite eleitoral para os democratas
-
Acidente com avião de carga deixa três mortos nos EUA
-
Assassinato de prefeito leva presidente do México a reforçar estratégia contra criminalidade
-
Partido Democrata conquista governo da Virgínia em pleito crucial para Trump
-
Eleitores da Califórnia avaliam mudar mapa eleitoral em resposta a Trump
-
O futuro dos caças autônomos chega a Roma
-
Nova ação contra o Spotify alega fraude por números inflacionados de reproduções
-
Atlético de Madrid vence Union Saint-Gilloise (3-1) e consegue 2ª vitória na Champions
-
Liverpool vence Real Madrid (1-0) na Champions com gol de Mac Allister
Mulheres tecem sua emancipação em ateliê de bordado na zona rural do Marrocos
Em frente a três grandes telas, um grupo de tecelãs trabalha em silêncio em uma casa humilde em um vilarejo costeiro no sul do Marrocos, um ateliê que busca promover a emancipação socioeconômica das mulheres na zona rural do país.
O projeto "mudou a vida" de algumas delas, admitem, embora nem sempre tenha sido fácil.
No Marrocos, mulheres e meninas que vivem no campo sofrem mais do que as outras com a pobreza, o desemprego e o trabalho não remunerado, segundo dados oficiais.
"Algumas tecelãs se escondiam para ir ao ateliê porque isso era mal visto", lembra Khadija Ahuilat, de 26 anos, responsável pelo local. "Para alguns, a arte é uma bobagem e as mulheres têm que ficar em casa. Mas nós conseguimos mudar isso", comemora.
Tudo começou no final de 2022, quando Margaux Derhy, uma artista franco-marroquina, montou um ateliê em Sidi Rbat, a 70 quilômetros de Agadir, para criar bordados de arte contemporânea.
A ideia era explorar os arquivos fotográficos de sua família antes de deixarem o Marrocos na década de 1960. Aos poucos, ela conseguiu empregar dez mulheres desta pequena vila de pescadores de 400 habitantes para trabalhar em tempo integral.
"Estou muito orgulhosa por ter contribuído para essa mudança, mesmo que em pequena escala", diz Ahuilat, que se mudou para Sidi Rbat para se dedicar ao projeto.
No Marrocos, mais de oito em cada dez mulheres são economicamente inativas e apenas 19% têm um emprego estável, tanto em zonas rurais quanto urbanas, de acordo com um estudo recente que utiliza dados oficiais.
As telas bordadas de Sidi Rbat fizeram sucesso rapidamente. Elas são vendidas por cerca de 5.000 euros (R$ 32,3 mil, na cotação atual), já foram expostas em Marrakech, Paris e Bruxelas, e há dois projetos em andamento: uma exposição em Casablanca e uma feira em Dubai.
"Eu sonhava em fazer um trabalho artístico útil" através de um compromisso "no local", explica Derhy, de 39 anos. Ela garante que paga às bordadeiras um salário mensal "maior do que o salário mínimo no Marrocos", que é de mais de 290 euros (cerca de US$ 329 dólares ou R$ 1.878).
- "É uma grande mudança estar aqui" -
Um dia de trabalho começa com o traçado do desenho. Em seguida, é organizada uma reunião na qual são escolhidos os tipos de pontos, as linhas e cores a serem usados em cada parte da tela. Um trabalho grande pode levar até cinco meses para ser concluído.
"Este projeto mudou minha vida, embora eu nunca tivesse usado uma agulha de bordar antes", diz Hanane Ichbikili, de 28 anos, que estava estudando enfermagem antes de cruzar o caminho de Derhy.
Em uma sala do ateliê, quatro mulheres terminam os detalhes de um grande retrato de 1929. Elas pertencem à família de Derhy em Essaouira, um porto turístico na costa atlântica do Marrocos.
Entre elas está Aicha Jout, uma viúva de 50 anos e mãe de Khadija Ahuilat, que catava mexilhões na praia e criava gado para sustentar sua família.
"É uma grande mudança para mim estar aqui. Gosto da ideia de bordar desenhos, mas também de transmitir uma habilidade a outras mulheres", conta.
Aicha, que aprendeu a bordar aos 12 anos, ensinou as diferentes técnicas a toda a equipe.
"Não há muitas oportunidades de trabalho aqui. Logo, quando surgiu a oportunidade, não hesitei nem por um segundo", diz Haddia Nachit, de 59 anos.
Fadma Lachgar concorda. "Retomar o bordado na minha idade, após 20 anos de ausência, é uma bênção, pois me permite ajudar minha família", afirmou a mulher, também de 59 anos.
I.Stoeckli--VB