
-
Oito feridos em ataque 'terrorista' contra protesto por reféns israelenses nos EUA
-
Efeito Trump? Turistas europeus hesitam em viajar para os EUA
-
Jonathan Anderson passa a ser diretor artístico de todas as coleções Dior
-
Reino Unido anuncia a construção de submarinos em seu plano de rearmamento
-
Eleição de juízes abre um período de incertezas no México
-
Vítimas das inundações na Nigéria falam sobre a tragédia
-
Ucrânia disposta a dar os 'passos necessários' para a paz antes de negociações com a Rússia
-
Peregrinos se reúnem em Meca para peregrinação anual sob calor intenso
-
Bukele diz que não se importa de ser chamado de 'ditador'
-
Istambul recebe novas negociações diretas entre Rússia e Ucrânia
-
China rejeita acusação dos Estados Unidos de ter violado acordo sobre tarifas
-
Mexicanos escolhem juízes em votação com pouca participação e alerta de corrupção
-
Candidato nacionalista vence 2º turno presidencial na Polônia
-
Mexicanos elegeram juízes em votação com pouca participação e sob sombra da corrupção
-
FBI investiga 'ataque terrorista' que deixou feridos em protesto pró-Israel no Colorado
-
Candidato nacionalista lidera segundo turno presidencial na Polônia
-
Platense vence Huracán e conquista Apertura argentino, o 1º título de sua história
-
Musetti vence Rune e vai às quartas de final de Roland Garros
-
Lula critica ameaças de sanções americanas contra Alexandre de Moraes
-
Portugal vence França (3-0) e é campeão europeu Sub-17
-
Boric anuncia que prisão especial para militares da ditadura se tornará presídio comum
-
Ucrânia reivindica ataque em larga escala contra aviação russa
-
Multidão recebe PSG, campeão da Europa, na avenida Champs Élysées, em Paris
-
Alcaraz perde um set para Shelton mas vai às quartas de final de Roland Garros
-
Para EUA, disputa comercial com a China pode ser resolvida com diálogo Trump-Xi
-
Com lesão nas costas, Courtois é dúvida para jogos da Bélgica nas Eliminatórias
-
Ex-presidente López Obrador faz reaparição para votar em 'eleição histórica' de juízes no México
-
Sabalenka vence Anisimova e vai às quartas de final de Roland Garros
-
Ucrânia ataca aviação russa antes de diálogos bilaterais em Istambul
-
Socorristas reportam 31 mortos por disparos israelenses perto de centro de ajuda em Gaza
-
Ousmane Dembélé é eleito pela Uefa o melhor jogador da Champions
-
Arábia Saudita reforça controles para peregrinação a Meca após mortes pelo calor
-
Piastri (McLaren) vence Grande Prêmio da Espanha de F1; Bortoleto é 12º
-
Mexicanos elegem todos os seus juízes sob a sombra da corrupção e do crime
-
Swiatek leva susto mas vence Rybakina e vai às quartas de final de Roland Garros
-
Festa da vitória do PSG na França é ofuscada pela morte de duas pessoas
-
Desabamento de pontes na Rússia deixa sete mortos e autoridades investigam 'terrorismo'
-
Manchester United contrata atacante Matheus Cunha, do Wolverhampton
-
Torcedores do PSG celebram título histórico em Paris
-
Polônia vota em segundo turno presidencial entre um pró-europeu e um nacionalista
-
Los Angeles FC vence América (2-1) e garante vaga no grupo do Flamengo no Mundial de Clubes gbv/mas/aam
-
Com 2 gols de Messi, Inter Miami goleia Columbus Crew antes da Copa do Mundo de Clubes
-
Pacers vencem Knicks, conquistam Conferência Leste e vão disputar finais da NBA contra Oklahoma City
-
Luis Enrique, o líder da revolução do PSG
-
Désiré Doué, o jovem prodígio que já luta por espaço entre os maiores astros do futebol
-
'Não estou consumindo drogas!', diz Musk após relato do NY Times
-
Donnarumma diz que não sabe se vai continuar no PSG
-
De Mbappé à 'Orelhuda': o final feliz num ano em que o PSG viveu perigosamente
-
Mbappé parabeniza PSG: "O grande dia finalmente chegou"
-
Após Olympique de Marselha em 1993, PSG se torna 2º time francês a vencer a Champions

Mulheres tecem sua emancipação em ateliê de bordado na zona rural do Marrocos
Em frente a três grandes telas, um grupo de tecelãs trabalha em silêncio em uma casa humilde em um vilarejo costeiro no sul do Marrocos, um ateliê que busca promover a emancipação socioeconômica das mulheres na zona rural do país.
O projeto "mudou a vida" de algumas delas, admitem, embora nem sempre tenha sido fácil.
No Marrocos, mulheres e meninas que vivem no campo sofrem mais do que as outras com a pobreza, o desemprego e o trabalho não remunerado, segundo dados oficiais.
"Algumas tecelãs se escondiam para ir ao ateliê porque isso era mal visto", lembra Khadija Ahuilat, de 26 anos, responsável pelo local. "Para alguns, a arte é uma bobagem e as mulheres têm que ficar em casa. Mas nós conseguimos mudar isso", comemora.
Tudo começou no final de 2022, quando Margaux Derhy, uma artista franco-marroquina, montou um ateliê em Sidi Rbat, a 70 quilômetros de Agadir, para criar bordados de arte contemporânea.
A ideia era explorar os arquivos fotográficos de sua família antes de deixarem o Marrocos na década de 1960. Aos poucos, ela conseguiu empregar dez mulheres desta pequena vila de pescadores de 400 habitantes para trabalhar em tempo integral.
"Estou muito orgulhosa por ter contribuído para essa mudança, mesmo que em pequena escala", diz Ahuilat, que se mudou para Sidi Rbat para se dedicar ao projeto.
No Marrocos, mais de oito em cada dez mulheres são economicamente inativas e apenas 19% têm um emprego estável, tanto em zonas rurais quanto urbanas, de acordo com um estudo recente que utiliza dados oficiais.
As telas bordadas de Sidi Rbat fizeram sucesso rapidamente. Elas são vendidas por cerca de 5.000 euros (R$ 32,3 mil, na cotação atual), já foram expostas em Marrakech, Paris e Bruxelas, e há dois projetos em andamento: uma exposição em Casablanca e uma feira em Dubai.
"Eu sonhava em fazer um trabalho artístico útil" através de um compromisso "no local", explica Derhy, de 39 anos. Ela garante que paga às bordadeiras um salário mensal "maior do que o salário mínimo no Marrocos", que é de mais de 290 euros (cerca de US$ 329 dólares ou R$ 1.878).
- "É uma grande mudança estar aqui" -
Um dia de trabalho começa com o traçado do desenho. Em seguida, é organizada uma reunião na qual são escolhidos os tipos de pontos, as linhas e cores a serem usados em cada parte da tela. Um trabalho grande pode levar até cinco meses para ser concluído.
"Este projeto mudou minha vida, embora eu nunca tivesse usado uma agulha de bordar antes", diz Hanane Ichbikili, de 28 anos, que estava estudando enfermagem antes de cruzar o caminho de Derhy.
Em uma sala do ateliê, quatro mulheres terminam os detalhes de um grande retrato de 1929. Elas pertencem à família de Derhy em Essaouira, um porto turístico na costa atlântica do Marrocos.
Entre elas está Aicha Jout, uma viúva de 50 anos e mãe de Khadija Ahuilat, que catava mexilhões na praia e criava gado para sustentar sua família.
"É uma grande mudança para mim estar aqui. Gosto da ideia de bordar desenhos, mas também de transmitir uma habilidade a outras mulheres", conta.
Aicha, que aprendeu a bordar aos 12 anos, ensinou as diferentes técnicas a toda a equipe.
"Não há muitas oportunidades de trabalho aqui. Logo, quando surgiu a oportunidade, não hesitei nem por um segundo", diz Haddia Nachit, de 59 anos.
Fadma Lachgar concorda. "Retomar o bordado na minha idade, após 20 anos de ausência, é uma bênção, pois me permite ajudar minha família", afirmou a mulher, também de 59 anos.
I.Stoeckli--VB