Volkswacht Bodensee - TPI rejeita recurso de Israel que questiona sua competência para investigar crimes de guerra

TPI rejeita recurso de Israel que questiona sua competência para investigar crimes de guerra
TPI rejeita recurso de Israel que questiona sua competência para investigar crimes de guerra / foto: © ANP/AFP/Arquivos

TPI rejeita recurso de Israel que questiona sua competência para investigar crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) rejeitou nesta segunda-feira (15) um recurso de Israel que questionava a competência do tribunal para investigar crimes ocorridos na Faixa de Gaza.

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O TPI, com sede em Haia, abriu uma investigação sobre a situação no território palestino em 2021, que poderá retomar agora, após a tentativa de Israel de bloqueá-la.

Israel argumentou que era necessário iniciar uma averiguação independente após os ataques do 7 de Outubro, afirmando que isso mudou a situação, e exigiu que o TPI emitisse uma segunda notificação formal de investigação. O país não assinou o Estatuto de Roma, que criou a jurisdição do tribunal internacional, mas isso não o impede de apresentar recursos junto à corte.

Em documento de 44 páginas, os juízes confirmaram a decisão de investigar acusações de crimes de guerra supostamente cometidos por Israel no território palestino, e também confirmaram os mandados de prisão emitidos pelo TPI em 2024 contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, sob acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, criticou no X a decisão da corte, e acusou o tribunal de "politização".

A corte analisa outra impugnação israelense à sua jurisdição, além de um pedido para desqualificar o procurador-geral Karim Khan. Segundo a imprensa, Khan foi acusado de abuso sexual, o que ele nega.

O tribunal internacional negou em julho um pedido de Israel para retirar os mandados de prisão, e rejeitou em outubro um recurso contra essa decisão.

O TPI foi criado em 2002 para investigar e julgar os crimes mais graves, como genocídios, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, acordado sob pressão dos Estados Unidos, vigora desde 10 de outubro, mas o Exército de Israel continuou com seus ataques letais.

K.Hofmann--VB