Volkswacht Bodensee - Tribunal Eleitoral da Costa Rica pede retirada de imunidade do presidente Chaves

Tribunal Eleitoral da Costa Rica pede retirada de imunidade do presidente Chaves
Tribunal Eleitoral da Costa Rica pede retirada de imunidade do presidente Chaves / foto: © AFP/Arquivos

Tribunal Eleitoral da Costa Rica pede retirada de imunidade do presidente Chaves

O Tribunal Supremo de Eleições (TSE) da Costa Rica instou nesta terça-feira (7) o Congresso a retirar a imunidade do presidente Rodrigo Chaves por suposta "beligerância política", duas semanas depois de o mandatário ter superado um pedido semelhante da Suprema Corte.

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O TSE havia proibido, em 27 de junho, que Chaves interviesse na campanha para as eleições de fevereiro de 2026 — nas quais ele não pode concorrer à reeleição —, ao determinar que o presidente "aproveitou-se ilegitimamente" de seu cargo para "favorecer um programa político".

A Constituição e o Código Eleitoral proíbem o presidente e outros altos funcionários de participarem de atividades políticas ou eleitorais e de usarem seus cargos em benefício de um partido.

Em 22 de setembro, o Congresso da Costa Rica rejeitou retirar a imunidade de Chaves para que ele fosse julgado por suposta corrupção, sendo a primeira vez que um mandatário desse país, de tradição democrática, enfrentava um pedido de desaforamento.

Segundo um comunicado do TSE, o pedido de "levantamento da imunidade" foi feito com base em denúncias apresentadas por dirigentes políticos e parlamentares da oposição, entre eles Ricardo Sancho Chavarría, presidente do Partido Libertação Nacional, e Juan Fabián Solano, presidente do Partido Ação Cidadã.

Os magistrados do TSE consideraram "unanimemente" que "as denúncias superam a avaliação de admissibilidade, mas [...] é necessário solicitar previamente o levantamento de sua imunidade à Assembleia Legislativa, para então abrir o procedimento sancionatório ordinário".

Chaves, economista conservador de 64 anos e ex-funcionário do Banco Mundial, afirmou que espera que seu partido obtenha uma maioria qualificada no Congresso para realizar uma série de reformas.

O presidente acusa o Ministério Público, a Suprema Corte e o Congresso de bloquearem suas iniciativas de governo, enquanto os chefes dessas instituições o acusam de ter tendências autoritárias.

E.Gasser--VB