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Assassinato de prefeito leva presidente do México a reforçar estratégia contra criminalidade
O prefeito Carlos Manzo, famoso por perseguir criminosos em um helicóptero, era uma referência para muitos mexicanos, cansados da sensação de insegurança. Seu assassinato levantou questionamentos sobre a estratégia de segurança da presidente do país, Claudia Sheinbaum.
Indignados diante do crime cometido contra o prefeito de Uruapan, dezenas de manifestantes atearam fogo a prédios públicos em diferentes cidades dessa região, nos últimos dois dias.
Do tamanho da Costa Rica, o estado de Michoacán é uma importante região agrícola, onde atuam cinco grupos ligados ao narcotráfico, liderados pelo Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG).
Manzo foi morto no último sábado, durante um evento público. Um atirador se aproximou dele e fez vários disparos.
O deputado local Carlos Bautista, amigo de Manzo desde a adolescência, descreveu o prefeito, que costumava usar um chapéu de caubói, como "um líder nato".
Após o sequestro de seu pai, Bautista, um produtor de abacate de 43 anos, juntou-se ao movimento liderado por Manzo, por volta de 2018. Pouco depois, denunciou a autoridades federais a presença de traficantes de drogas rondando a sua propriedade.
No dia seguinte, Bautista recebeu um telefonema anônimo que o alertou para não acusá-los, contou à AFP. "Temos medo, mas vamos aguentar", afirmou.
- 'Bukele mexicano' -
Em pouco mais de um ano no cargo no município de Uruapan, alguns começaram a chamar Manzo de "O Bukele mexicano", porque, assim como o presidente de El Salvador, ele era a favor de "abater" os narcotraficantes que resistissem à prisão nessa importante região agrícola, assolada pela violência.
Apesar de contar com uma escolta numerosa, o prefeito, que havia deixado o partido de Claudia Sheinbaum em 2024 e se apresentava como independente, foi assassinado. O governo estadual afirmou ontem que um grupo do crime organizado está por trás do homicídio, sem especificar qual.
Manzo usava as redes sociais para pedir apoio federal no combate aos grupos criminosos e para criticar a estratégia do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), que preferiu evitar o confronto com essas organizações.
Diferentemente do seu antecessor e mentor, Claudia Sheinbaum multiplicou as prisões e operações contra os cartéis e se orgulha da diminuição do número de homicídios. Ela apresentou hoje um novo plano de segurança para Michoacán, que inclui um trabalho conjunto entre forças federais e a Justiça estadual para combater os homicídios e extorsões.
- Intervenção -
Centenas de pessoas saíram às ruas de Michoacán para exigir justiça pelo prefeito assassinado.
Manzo "decidiu romper com a inércia que o município de Uruapan tinha de sinergia com os cartéis", disse à AFP o analista de segurança David Saucedo, ao explicar a popularidade do prefeito, que, por isso, tornou-se alvo de dois grupos que lutam pelo controle das rotas do tráfico de drogas nessa região: o CJNG e os Cavaleiros Templários, acrescentou.
Os narcotraficantes também ampliaram suas operações para a extorsão, que afetam principalmente os produtores agrícolas da região, central para a produção de abacate no estado, cujas exportações para os Estados Unidos representam cerca de 3 bilhões de dólares (R$ 16 bilhões) por ano para o México.
O assassinato do prefeito ocorreu poucos dias depois de Bernardo Bravo, representante dos produtores de limão de Michoacán, ter sido morto a tiros.
Os dois crimes ocorrem em meio à tensão entre os governos de Estados Unidos e México, que o presidente americano, Donald Trump, acusa de não fazer o suficiente contra o narcotráfico e a migração irregular.
Além de designar como "terroristas" vários cartéis mexicanos, o magnata republicano ofereceu o envio de tropas ao México para combater essas máfias, proposta que Claudia Sheinbaum rejeitou.
Os Estados Unidos se comprometeram em setembro a respeitar a soberania mexicana na luta antidrogas, durante um encontro entre o secretário de Estado, Marco Rubio, e a presidente mexicana.
No entanto, o canal de TV NBC afirmou ontem, citando funcionários americanos, que a administração Trump começou a treinar tropas para uma eventual missão contra os cartéis em solo mexicano.
Segundo Cecilia Farfán, chefe do observatório da América do Norte da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional, o assassinato de Manzo "serve como evidência" para aqueles que buscam "uma intervenção no México" por parte dos Estados Unidos.
L.Stucki--VB