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Moradores de Washington estão cansados da criminalidade que Trump busca combater
Tony e Mike, dois residentes de um bairro de Washington a cerca de 15 minutos a pé da Casa Branca, param em uma calçada. Ali, entre casas de tijolos vermelhos e prédios de dez andares, um homem foi assassinado na segunda-feira (11), marcando o centésimo homicídio deste ano na capital americana.
Os tiros ocorreram apenas horas após Donald Trump anunciar que o governo federal assumiria novamente a segurança da capital, que o presidente descreve como "invadida por gangues violentas".
"É revoltante", diz Tony. "Aqui não é mais seguro".
"É necessário mudança, é necessário ajuda", afirma por sua vez Mike. "Mas não ao estilo de Trump, não com a Guarda Nacional", acrescenta, referindo-se aos militares reservistas mobilizados pelo presidente.
No dia seguinte à coletiva de imprensa do republicano, os moradores do bairro próximo ao centro da capital denunciam vendas de drogas nas ruas e o vaivém dos sem-teto, mas não acreditam que uma intervenção federal realmente melhore a segurança do dia a dia.
Esse cruzamento de ruas "é um mercado aberto" com "todas as drogas que você quiser", conta Tony, que sempre viveu na área e que, como outros residentes com quem a AFP conversou, não quis dar seu sobrenome.
Nos jardins da igreja da esquina da rua, seringas são frequentemente encontradas, diz Anne, enquanto remove as ervas daninhas.
Perto dali, Tymark Wells, um homem de 33 anos, foi baleado na segunda-feira por volta das sete da noite antes de morrer em um hospital, segundo um relatório policial que não registra nem o motivo nem o suspeito.
- Assassinatos -
Washington "é o 'Velho Oeste', e sempre foi assim", comenta Lauren, de 42 anos, que mora no prédio de cima. "Já nem damos atenção", diz.
Donald Trump descreveu na segunda-feira "uma situação de completa e total anarquia". Contudo, funcionários locais insistem que a criminalidade violenta em Washington está em seu nível mais baixo em mais de 30 anos.
Devido ao fácil acesso às armas no país, o número "pode parecer diferente nos Estados Unidos em comparação a outras partes do mundo, mas houve muitos avanços aqui", defendeu à AFP Brianne Nadeau, uma conselheira municipal de Washington, cidade de maioria democrata.
Nadeau denuncia um "golpe midiático" por parte da administração Trump.
Em 2023, a cidade registrou 274 homicídios. Em 2024, o número foi de 187, uma das taxas mais altas do país por número de habitantes.
- "Não é a forma correta" -
À espera da Guarda Nacional, "cerca de 850 agentes" federais foram destacados na cidade desde segunda-feira e já realizaram 23 prisões, segundo declarou nesta terça-feira a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. "É apenas o início", garantiu.
Esses policiais federais vão atuar junto com as autoridades locais. "Vocês verão mais operações" policiais, explicou Terry Cole, chefe da administração antidrogas americana (DEA), comissionado por Trump para liderar a intervenção federal da polícia em Washington.
Em uma posição conciliadora forçada, dado o status especial da capital americana, sob o controle do Congresso, a prefeita democrata da cidade, Muriel Bowser, disse que "não é a forma correta de fazer isso". Patrulhar "não é o que [os agentes do FBI] sabem fazer", acrescentou.
"Não temos patrulhas policiais suficientes", afirma por sua vez Tom, um administrador imobiliário que mora a poucos passos do local do homicídio de segunda-feira. Ao ver um estranho de bicicleta e apontar o cheiro de maconha, disse à AFP que pessoas como ele "levam a droga com eles".
Ele também reclama da "abordagem draconiana" de Donald Trump. "Isso certamente não mudará nada", acrescentou.
P.Keller--VB