
-
Trump diz a Musk que ele pode ficar pelo tempo que quiser
-
Colômbia liberta 99 mulheres presas por narcotráfico
-
EUA busca países para receber imigrantes deportados
-
EUA e Ucrânia assinam acordo para acesso aos recursos naturais ucranianos
-
Juíza anula ordem de captura contra Morales na Bolívia
-
Fórmula 1 renova contrato com GP do México até 2028
-
Morales vai deixar refúgio para registrar candidatura à Presidência
-
EUA 'negou devido processo' a imigrantes deportados, denunciam especialistas da ONU
-
Forças de segurança são mobilizadas perto de Damasco após combates
-
Sabalenka vence Kostyuk e vai às semifinais do WTA 1000 de Madri
-
Barça e Inter de Milão empatam (3-3) na ida das semifinais da Champions
-
Sinner nega ter recebido "tratamento preferencial" em caso de doping
-
Denunciante de Harvey Weinstein reitera acusação de estupro em novo julgamento em NY
-
Netanyahu alerta que incêndios podem atingir Jerusalém
-
Charles III: todo diagnóstico de câncer 'é assustador'
-
Trump diz a Musk que ele pode ficar em sua equipe pelo tempo que quiser
-
Para especialistas da ONU, EUA negou 'devido processo' a migrantes presos em El Salvador
-
'Os EUA não são mais a potência dominante', diz CEO da Web Summit
-
Son Heung-min desfalca Tottenham contra Bodo/Glimt na ida das semis da Liga Europa
-
Ricardo Darín defende Buenos Aires de um ataque extraterrestre em 'O Eternauta'
-
Jack Draper vence Tommy Paul e vai às quartas do Masters 1000 de Madri
-
Juiz ordena libertação de estudante palestino detido nos EUA
-
Swiatek vence Keys de virada e vai às semifinais do WTA 1000 de Madri
-
PIB do México cresce no primeiro trimestre em meio a incerteza por tarifas
-
Energias renováveis na mira após grande apagão na Espanha
-
Luis Tagle, o 'Francisco asiático' que aspira a ser papa
-
EUA expressa 'sérias dúvidas' sobre imparcialidade da UNRWA perante CIJ
-
Ucrânia espera assinar acordo sobre minerais com os EUA nesta quarta-feira
-
Presidente da Microsoft espera 'resolução' rápida para tensões comerciais EUA-UE
-
Equador quer reproduzir megaprisão de El Salvador
-
Alerta máximo por incêndios devastadores na região de Jerusalém
-
William e Kate publicam foto romântica em bodas discretas na Escócia
-
100 dias de Trump: vivendo sob constante ameaça de deportação nos EUA
-
Trump culpa Biden por queda do PIB dos EUA
-
Carbonara e burrata, as delícias dos cardeais que aguardam o conclave
-
Segredo e especulação sobre o próximo papa a uma semana do conclave
-
Adolescente de 16 anos é preso na Suécia após assassinato de três jovens
-
Trump cumprirá sua ameaça de atacar cartéis mexicanos?
-
Javier Cercas: para papa Francisco, o clericalismo era 'o câncer da Igreja'
-
Zona do euro cresceu acima das expectativas no 1T, apesar da incerteza
-
Sociais-democratas aprovam coalizão dirigida por Friedrich Merz na Alemanha
-
Cardeal espanhol de Rabat não quer um 'imitador de Francisco' como novo papa
-
Pietro Parolin, cardeal italiano com uma longa história na América Latina
-
Começa julgamento de australiana acusada de matar sogros com cogumelos venenosos
-
Vietnã celebra o 50º aniversário da queda de Saigon com grande desfile militar
-
EUA ameaça jogar a toalha sobre guerra na Ucrânia
-
'Nós apenas começamos', diz Trump ao festejar 100 dias de mandato
-
Autoridade eleitoral confirma vitória de Kamla em Trinidad e Tobago
-
Chefe de gabinete nega no Congresso ligação de Milei com 'criptogate'
-
Barça com moral nas alturas e Inter em crise sonham com final da Champions

Aluguel em Buenos Aires, drama para milhares e barganha para poucos
Alugar uma casa com pagamento em pesos e a longo prazo é uma tarefa difícil em Buenos Aires, onde a oferta temporária e em dólares domina a economia devido à inflação anual de três dígitos que provocou a disparada dos preços no mercado imobiliário.
Martina Campos López, de 33 anos, e seu companheiro, de 43, estão há mais de um ano em busca de um imóvel, apesar de terem bons empregos - ela antropóloga, ele técnico de informática - e o apoio de fiadores, algo que os coloca no topo da lista de candidatos.
Há algum tempo eles deixaram o apartamento onde moravam de aluguel com o plano de economizar por alguns meses para alugar algo melhor.
"Foi uma decisão terrível, desde então moramos na casa da minha mãe, nossa vida está em pausa, o provisório virou permanente, é desanimador", disse Campos, que mantém a maior parte de seus pertences e os do filho embalados.
Antes eles destinavam menos de 50% da renda para pagar o aluguel, "mas agora mesmo destinando 70% não conseguimos moradia", contou.
A situação se tornou dramática nos últimos seis meses, com oferta quase nula devido à aceleração da inflação, que foi de 8,4% em abril, o maior resultado mensal em três décadas, e acumulou 32% no primeiro quadrimestre.
"Não temos nada em pesos e quando oferecemos um imóvel, ele dura apenas algumas horas. As pessoas ficam desesperadas, reservam só de olhar as fotos", contou Fernanda Ledesma, uma experiente corretora imobiliária.
A oferta voltou-se para o segmento temporário ao valor do dólar para compensar a vertiginosa desvalorização da moeda. O resultado é uma barganha para o turismo internacional devido ao excesso de ofertas.
É um nicho disputado por proprietários que fogem às exigências legais do mercado tradicional de aluguéis, no qual a lei atual permite um reajuste anual único do valor do aluguel e contratos pelo período mínimo de três anos. São condições difíceis de digerir quando a inflação é projetada para superar 120% em 2023 e a "brecha cambial" entre o mercados oficial e o paralelo está próxima de 100%.
- Mercado distorcido -
"O mercado do aluguel está completamente distorcido", explicou Alejandro Bennazar, presidente da Câmara Imobiliária Argentina. Ele culpa a inflação elevada e "a nova lei de aluguéis, que só piorou o problema".
A lei, em vigor desde junho de 2020, estabeleceu um índice de reajuste que combina, em partes iguais, a evolução dos salários e a inflação.
"É uma bomba-relógio", opinou Bennazar.
Segundo o índice, os contratos serão reajustados em 100% em junho, após o congelamento de 12 meses, o que desestimula os proprietários a alugar.
"Prefiro que fique vazio", disse Germán Matienzo, proprietário de dois apartamentos em Caballito, um bairro de classe média.
A opção de oferecer o apartamento para aluguel temporário é limitada pelos regulamentos de alguns prédios. Os proprietários acabam alugando-os informalmente e impõem contratos com cláusulas leoninas ou penduram a placa de venda.
Mas isso gerou excesso de oferta para venda e queda nos preços tradicionalmente acordados em dólares.
- A pior crise habitacional -
"É a pior crise habitacional dos últimos 30 anos", afirmou o presidente do Instituto de Habitação da Cidade de Buenos Aires, Gabriel Mraida, que calculou 130.000 imóveis vazios na cidade.
De acordo com os dados fiscais, "há 70.000 imóveis alugados na cidade, mas todos sabemos que há 500.000 para alugar, esse é o nível de subnotificação", afirmou.
"O mercado imobiliário argentino é autônomo. Aqui há pessoas com um ou dois imóveis que preferem deixá-los vazios ou alugá-los a um parente ou amigo sem registrar", esclareceu Mraida.
Diante da crise, a prefeitura ofereceu créditos com taxa zero para financiar a mudança de quem consegue alugar e reformar casas vazias que depois serão colocadas para alugar.
"Não há soluções mágicas, temos que estabilizar a economia e, enquanto isso, estimular a oferta e dar alívio para que o custo de entrada não seja tão alto", afirmou.
J.Fankhauser--BTB