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Inteligência artificial, a nova face da desinformação eleitoral no Equador
A desinformação chegou à campanha presidencial do Equador com um ingrediente incomum: o uso cada vez mais sofisticado da inteligência artificial (IA), capaz de se fazer passar por candidatos de forma quase imperceptível para turvá-los.
A grande circulação de vídeos alterados e seu incrível realismo são o produto de uma estratégia refinada, cara e extraordinária em comparação com outros países da região, concordam os especialistas.
Capaz de imitar a voz e o movimento labial de um candidato ou assumir a forma de um apresentador de televisão para incriminar outro, a IA tem sido usada em publicações manipuladas que prejudicam a imagem dos candidatos na eleição presidencial de domingo.
A esquerdista Luisa González e o presidente Daniel Noboa, favoritos nas pesquisas, foram alvos dessas mensagens compartilhadas milhares de vezes, segundo constatou a equipe de verificação digital da AFP.
Dias depois que Nicolás Maduro iniciou um terceiro mandato consecutivo (2025-2031) na Venezuela, um vídeo de González endossando sua posse se tornou viral nas redes sociais. “Um grande presidente”, dizia o vídeo.
Depois, quando Donald Trump assumiu o cargo nos Estados Unidos, dois vídeos que viralizaram, nos quais ele era visto acusando Noboa e o empório de bananas de sua família de terem ligações com o tráfico de drogas.
Mas ambas são declarações manipuladas.
“A IA desempenha um papel importante devido à sua qualidade, que em muitos casos é bastante realista”, disse à AFP Marco Benalcázar, que dirige o Laboratório de Pesquisa em Inteligência Artificial e Visão Alan Turing da Escola Politécnica Nacional de Quito.
A tecnologia torna possível clonar a voz de uma pessoa e sincronizar o movimento de seus lábios, um tipo de manipulação conhecida como “deep fake”. O processo pode levar apenas uma hora, diz ele, mas depende da complexidade da configuração.
Os usuários da rede, que aprenderam gradualmente a identificar fotomontagens, agora se deparam com vídeos hiper-realistas “em um contexto de imediatismo, no qual não estão acostumados ou não têm tempo para verificar tudo”, disse Carlos Rodríguez Pérez, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de La Sabana, na Colômbia.
- Uma estratégia bem pensada -
Mas o que está por trás dessas campanhas e qual é o seu objetivo?
“Esse tipo de conteúdo muito bem elaborado exige que se pense em uma estratégia: qual político vou selecionar para manipular sua voz, sobre qual assunto? Essas questões não são aleatórias, mas bem pensadas”, observou Rodríguez.
De acordo com o especialista, o conteúdo tem como objetivo “deslegitimar a oposição”, por exemplo, vinculando os candidatos à criminalidade ou a propostas controversas, como no caso de um vídeo manipulado em que González sugere que o Estado deve financiar “transições de gênero” para crianças.
Colocar essas estratégias em prática requer altos investimentos em dinheiro.
“Da mesma forma que você contrata uma agência de publicidade, você pode pagar alguém para gerar conteúdo falso para alguma finalidade”, observa Benalcázar.
Uma mensagem falsa contra González foi disseminada em um site cuidadosamente criado para imitar o do seu partido. A gravação, editada com IA, mostrava o candidato anunciando um “cartão” para acesso a “alimentação, saúde e educação”, semelhante ao “carnet de la patria” da Venezuela.
As “fazendas” de produção de “deep fakes”, como Rodríguez as chama, também se fazem passar por jornalistas com grande precisão. Em uma suposta reportagem da NTN24, uma apresentadora relata que Noboa pagou um milhão de dólares para comparecer à posse de Trump. Em outra, Fernando del Rincón, da CNN, aparece ligando González à criminalidade.
- Uso responsável -
As preocupações com o escopo dessa tecnologia motivaram a apresentação de três projetos de lei na Assembleia Nacional que buscam limitá-la, mas também incentivar sua implementação responsável.
Especialistas como Rodríguez concordam que a IA, que “pode ajudar a resolver muitos problemas”, não deve ser demonizada.
“A tecnologia em si não é boa ou ruim, depende de como é usada”, diz Benalcázar. “A desinformação é uma de suas aplicações negativas”, acrescenta.
No debate presidencial de 19 de janeiro, a IA foi mencionada de forma recorrente pelos candidatos - embora sem maiores detalhes técnicos - como uma ferramenta para implementar seus programas de governo.
“Não havia ninguém com uma proposta forte (...) eles estavam se concentrando em atacar uns aos outros. O que mais me indignou foi o fato de eles terem se concentrado na IA” durante o debate, reclamou Christian Caldas, um designer de 32 anos que estava comprando o almoço no norte de Quito.
“A IA não pode governar um país, as pessoas podem (...) Foi super ultrajante”, acrescentou.
A.Zbinden--VB