
-
Trump lança 'última advertência' ao Hamas sobre reféns israelenses
-
Os dez últimos campeões do US Open
-
Alcaraz vence Sinner, conquista US Open pela 2ª vez e volta a ser número 1 do mundo
-
Mais de mil pessoas recebem flotilha com ajuda para Gaza na Tunísia
-
De Bruyne brilha e Bélgica goleia Cazaquistão (6-0) pelas Eliminatórias
-
Alemanha sofre mas vence Irlanda do Norte (3-1) nas Eliminatórias para Copa de 2026
-
Espanha atropela Turquia (6-0) fora de casa e fica mais perto da Copa de 2026
-
Trump é vaiado brevemente por espectadores na final do US Open
-
Venezuela e Bolívia disputam vaga na repescagem das Eliminatórias
-
Países Baixos vencem Lituânia e Depay se torna maior artilheiro da história de sua seleção
-
Marcha em memória das vítimas da ditadura no Chile termina em confrontos
-
Drone lançado por rebeldes do Iêmen cai em aeroporto de Israel e deixa um ferido
-
Kimpembe deixa PSG após 20 anos e assina com Qatar SC
-
PSG pede mais colaboração da federação francesa após lesão de Dembélé
-
Opep+ anuncia que aumentará sua produção de petróleo em 137.000 barris diários
-
Protesto em apoio a grupo pró-palestino proscrito deixa quase 900 detidos em Londres
-
EUA libertará sul-coreanos detidos em operação anti-imigração
-
Primeiro-ministro japonês anuncia sua renúncia
-
Milei põe à prova sua popularidade em eleição provincial na Argentina
-
Max Verstappen (Red Bull) vence GP da Itália de F1; Bortoleto é 8º
-
Irfaan Ali é reeleito presidente da Guiana
-
Mostra de Veneza premia cinema latino-americano na seção Horizontes
-
Milhares de fiéis celebram a canonização do primeiro santo millennial no Vaticano
-
Apoiadores de Bolsonaro são chamados às ruas antes da sentença por trama golpista
-
Rússia atinge sede do governo da Ucrânia no maior bombardeio da guerra
-
Morre aos 106 anos Rosa Roisinblit, histórica vice-presidente das Avós da Praça de Maio
-
Sabalenka vence Anisimova e é bicampeã do US Open
-
Trump intensifica retórica repressiva com ameaça de 'guerra' em Chicago
-
Lista de premiados no 82º Festival de Cinema de Veneza
-
Jim Jarmusch ganha Leão de Ouro em Veneza com 'Father Mother Sister Brother'
-
Willian volta ao Brasil para jogar no Grêmio
-
Israel destrói outro grande edifício residencial em Cidade de Gaza
-
'Father Mother Sister Brother', de Jim Jarmusch, ganha Leão de Ouro em Veneza
-
Argentino Zeballos e espanhol Granollers conquistam título nas duplas do US Open
-
Dembélé e Vitinha "merecem" Bola de Ouro, diz Rodri
-
Argentina vai disputar amistosos contra Venezuela e Porto Rico em outubro
-
Nova manifestação pró-Palestine Action termina com 150 presos em Londres
-
Portugal goleia na visita à Armênia (5-0) com 2 gols de CR7 na estreia nas Eliminatórias
-
Inglaterra vence Andorra (2-0) e mantém campanha 100% nas Eliminatórias
-
Ataque de extremistas na Nigéria deixa ao menos 55 mortos
-
Lesionado, Dembélé ficará afastado "de seis a oito semanas"
-
Mais de 370 corpos são resgatados após deslizamentos no Sudão; mortos podem passar de mil
-
Verstappen surpreende McLarens e conquista pole do GP da Itália de F1; Bortoleto larga em 7º
-
Tráfego postal para os EUA despenca e 88 operadoras suspendem o serviço
-
Vaticano recebe primeira grande peregrinação LGBT+ oficial durante o Jubileu
-
Alcaraz e Sinner duelam no US Open pela 3ª final seguida de Grand Slam
-
Mostra de Veneza entrega seus prêmios em uma edição sacudida pela guerra em Gaza
-
Premiê tailandês vai organizar novas eleições, como havia prometido
-
Pierre Gasly renova com Alpine até o final de 2028
-
Israel destrói outro grande edifício residencial na Cidade de Gaza

Fujimori morreu 'sem pedir perdão', lamentam familiares de vítimas de massacres no Peru
"Alberto Fujimori se foi com crimes impunes e sem pedir desculpas", lamentaram nesta sexta-feira (13) familiares de vítimas assassinadas por militares nos massacres de Barrios Altos e de La Cantuta, pelas quais o falecido ex-presidente peruano foi condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade.
A despedida do octogenário ex-presidente foi marcada por um notável contraste entre a multidão que compareceu ao seu velório e os solitários repúdios à questionada década em que esteve no poder, na década de 1990.
"Ele já está morto, este senhor se foi sem pedir desculpas aos familiares, ele zombou de nós", disse chorando à AFP Gladys Rubina, irmã de uma das 15 vítimas do massacre de Barrios Altos, ocorrida em 3 de novembro de 1991.
"A morte do ex-presidente não muda nada para mim porque ainda carrego uma dor dentro de mim. Minha irmã Nelly foi morta", lamentou Rubina, de 56 anos.
O ex-mandatário do Peru, que governou entre 1990 e 2000 em meio à crise de hiperinflação e violência do grupo terrorista Sendero Luminoso, morreu na quarta-feira aos 86 anos em sua casa em Lima, enquanto se submetia a um tratamento para câncer de língua.
Para Carmen Amaro, irmã de uma das 10 vítimas do massacre de La Cantuta (1992), Fujimori morreu sem cumprir toda a condenação e com um julgamento em andamento pela morte de seis camponeses executados por militares em Pativilca, ao norte de Lima, em 1992.
"Com sua morte não se acaba, nem se perdoa a pena. Fujimori continuará sendo o assassino e o principal responsável pelo desaparecimento de nossos familiares", declarou à AFP Amaro. Seu irmão Richard, um estudante de 25 anos da Universidade La Cantuta, foi carbonizado após ser executado com um tiro e sepultado em uma vala comum por militares.
Os massacres foram cometidos por um esquadrão da morte do exército conhecido informalmente como Grupo Colina, que era responsável pelas "operações especiais" de inteligência no contexto da luta contra as guerrilhas e o terrorismo do Sendero Luminoso durante o governo de Fujimori, conforme determinado pela justiça.
- "Nunca reconheceu seus crimes" -
"Ele nunca reconheceu seus crimes, nunca pediu desculpas por seus crimes, nunca pagou a reparação civil e, em vez disso, aproveitou os últimos meses do Estado pedindo uma pensão indevida", disse à AFP Gisela Ortiz, outra familiar de vítimas de La Cantuta.
Seu irmão Enrique, de 20 anos, morreu durante a operação militar na Universidade La Cantuta, em Lima.
Os massacres de Barrios Altos e La Cantuta serviram de base para a sentença de 25 anos de prisão contra Alberto Fujimori em 2009.
A sentença considerou o ex-presidente culpado de homicídio qualificado com dolo, lesões graves e sequestro, e incluiu dois casos de sequestro de opositores ao seu regime. Fujimori havia sido libertado em dezembro passado ao se beneficiar de um indulto humanitário.
A justiça concluiu ainda que os 25 mortos em Barrios Altos e La Cantuta eram inocentes e não pertenciam a um grupo terrorista.
A vice-presidente da Associação de Familiares Assassinados Perseguidos, Adelina García, indicou que "Fujimori se foi com sua consciência muito suja porque levou as lágrimas de muitas pessoas".
Um fato notável nesta semana foi a ausência de manifestações de rua contra o governo controverso e polarizador de Fujimori.
Organizações representativas não realizam convocações, e as críticas foram direcionadas às redes sociais através de declarações de grupos de direitos humanos que lembraram o passado autocrático de Fujimori, a corrupção em seu governo e seu histórico de violação aos direitos humanos.
- Críticas ao luto nacional -
O presidente da Comissão da Verdade e Reconciliação (CVR), órgão que investigou os anos de violência política no Peru (1980-2000), lamentou a decisão do governo de declarar luto nacional.
"O que mais irrita [aqueles que defendem os direitos humanos] é a atitude dos funcionários do Estado, que em vez de defender a democracia e a justiça, declaram três dias de luto nacional", disse à AFP o filósofo Salomón Lerner Febres, que dirigiu a CVR na época.
O acadêmico pediu que se evite insultar uma pessoa morta, mas também recomendou não fazer "uma apologia ao que foi o trabalho político" de Fujimori.
O conflito interno ou "guerra contra o terrorismo" — como foi oficialmente denominado — deixou mais de 69 mil mortos e 21 mil desaparecidos no período entre 1980 e 2000, a grande maioria civis, segundo a CVR.
R.Fischer--VB