
-
Cristina Kirchner vai cumprir seis anos de prisão domiciliar em Buenos Aires
-
GP do Canadá continuará no calendário da Fórmula 1 até 2035
-
Deputados britânicos descriminalizam o aborto após o prazo
-
Tom Cruise receberá um Oscar honorário
-
Guerrilheiros confinam cerca de 50.000 pessoas na Amazônia colombiana
-
Kiev registra ao menos 14 mortos em um dos ataques russos mais 'horríveis' do conflito
-
Detido candidato à prefeitura de NY que tentava impedir expulsão de imigrante
-
Trump pede 'rendição incondicional' do Irã
-
China e Ásia Central celebram "amizade eterna" em cúpula regional
-
Fluminense pressiona, mas empata sem gols com o Dortmund na estreia na Copa de Clubes
-
Trump diz que UE não ofereceu 'acordo justo' sobre tarifas
-
G7 apoia Ucrânia após saída abrupta de Trump da cúpula no Canadá
-
PF pede indiciamento de Bolsonaro por suposta espionagem ilegal
-
Trump quer 'fim real' para conflito Israel-Irã e não cessar-fogo
-
Alcaraz avança à 2ª rodada do ATP 500 de Queen's
-
Alerta máximo na Indonésia por vulcão em erupção
-
Alcaraz-Raducanu, Sabalenka-Dimitrov: chave de duplas mistas do US Open será repleta de estrelas
-
Ex-senador cubano Bob Menéndez começa a cumprir sua pena de 11 anos de prisão nos EUA
-
Sob críticas, ANP leiloa 19 blocos de petróleo na foz do Amazonas por R$ 844 milhões
-
Teerã entre o medo e a resiliência sob bombardeios israelenses
-
ANP concede 19 blocos petroleiros na foz do Amazonas por R$ 844 milhões
-
João Fonseca cai na 1ª rodada do ATP 500 de Halle; Sinner avança
-
MP pede que Justiça argentina negue prisão domiciliar a ex-presidente Cristina Kirchner
-
'Meu objetivo é que não aconteça mais', diz presidente da LaLiga sobre Copa de Clubes
-
Pelo menos 10 mortos em Kiev em um dos ataques mais 'horríveis' da Rússia
-
Mais de 50 mortos por disparos israelenses perto de centro de ajuda em Gaza
-
Palermo anuncia Filippo Inzaghi como novo técnico
-
Rússia diz que Coreia do Norte enviará tropas para reconstruir a região russa de Kursk
-
Migrantes com crianças correm em direção a barcos superlotados no norte da França
-
'Rainha do lixo' na Suécia é condenada a seis anos de prisão por despejar resíduos
-
Trump afirma que deseja 'fim real' para conflito Israel-Irã e não cessar-fogo
-
Sobreviventes de 'campos de estupro' na Bósnia pedem justiça 30 anos depois
-
Trump diz que busca 'um fim real, não um cessar-fogo' para o conflito Irã-Israel
-
Ataques russos deixam 14 mortos em Kiev
-
OpenAI obtém contrato de US$ 200 milhões com o Exército americano
-
Israel afirma que matou o principal comandante militar do Irã
-
G7 pede 'desescalada' no Oriente Médio; Trump retorna aos Estados Unidos
-
Flamengo estreia na Copa de Clubes com vitória sobre o Espérance (2-0)
-
Monterrey estreia na Copa de Clubes contra Inter de Milão, que tenta se reerguer
-
Especialistas em vacinação demitidos pelo governo dos EUA fazem alerta
-
Sem margem para erro, River estreia na Copa de Clubes contra o japonês Urawa Red
-
Trump abandonará prematuramente cúpula do G7 após pedir evacuação de Teerã
-
Benfica arranca empate contra Boca Juniors (2-2) na estreia na Copa de Clubes
-
ChatGPT e outros chatbots de IA são usados como fonte de informação entre os mais jovens, diz estudo
-
Fluminense confia em Fábio, jogador mais velho da Copa de Clubes, para deter o Dortmund
-
Principal médico acusado por overdose de Matthew Perry vai se declarar culpado
-
Saúde de presidenciável colombiano baleado é 'extremamente crítica' após nova cirurgia
-
Chelsea vence Los Angeles FC (2-0) em sua estreia na Copa de Clubes
-
Netanyahu diz que Israel está 'mudando a face do Oriente Médio'
-
Juíza mantém suspensão do veto de Trump a estudantes estrangeiros em Harvard

Guerra rompe os laços entre as máfias da Ucrânia e da Rússia
Sentado em um café no porto ucraniano de Odessa, Kirim, um contrabandista local, dá uma tragada no cigarro e explica como a guerra provocou o rompimento dos laços entre as máfias da Rússia e da Ucrânia.
O tráfico de drogas, armas e seres humanos na fronteira entre Rússia e Ucrânia nasceu das ruínas da União Soviética, mas desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, foi interrompido.
"A grande maioria dos criminosos ucranianos ficou do lado da Ucrânia, mas também há aqueles que continuam colaborando com a Rússia", disse Kirim, 59 anos.
Ao atacar a Ucrânia, as tropas russas cortaram uma rota de contrabando que se estendia por centenas de quilômetros, da Rússia à Europa.
O crime organizado nos dois países, que compartilham laços históricos, linguísticos e culturais, prosperou na turbulenta década de 1990, graças à corrupção.
"Era um dos ecossistemas criminosos mais unidos da Europa. Entre os dois formavam um único grupo", afirmou à AFP Tuesday Reitano, vice-diretora da ONG 'Global Initiative Against Transnational Organized Crime'.
A guerra, no entanto, provocou a criação de várias barreiras físicas ao tráfico, incluindo os combates na frente de batalha e os postos de controle. E ainda é necessário considerar o grande sofrimento provocado pela invasão.
- Criminosos "patriotas" -
Entre os mafiosos ucranianos cresceu o sentimento de "nós contra eles", ao ponto que "até os criminosos se consideram patriotas", comenta Reitano.
Kirim se apresenta como um patriota e garante que interrompeu todos os contatos de contrabando com os russos. Ele explica que alguns criminosos financiam, ao mesmo tempo, os esforços bélicos da Ucrânia e obras de caridade.
Alguns, afirma, participam dos combates. Em alguns casos, os criminosos tentam usar a guerra para melhorar sua imagem ou conseguir um tratamento benevolente das autoridades em troca de apoio, acrescenta.
Outro integrante da máfia de Odessa, identificado apenas como Alexander, também se define como um patriota e se recusa a trabalhar para os russos.
O cobrador de dívidas de 40 anos destaca, no entanto, que o código de conduta dos criminosos proíbe qualquer cooperação com o Estado ucraniano, que ele descreve como profundamente corrupto.
"Não quero lutar por eles, mas vou lutar pela minha cidade", explica, enquanto toma o segundo copo de cerveja da manhã.
Os dois entrevistados contam que as forças de segurança ucranianas ordenaram que a máfia interrompesse as atividades quando Moscou invadiu o país. Além disso, pediram que seus integrantes divulgassem qualquer informação que tivessem sobre os russos.
As forças de segurança do país afirmaram à AFP que "neutralizaram" na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) de 2022 um influente grupo criminosos de Odessa, que cooperava com Moscou e que "aterrorizava e intimidava os moradores".
- "Nenhuma divisão" -
Por mais que se declarem patriotas, os criminosos ucranianos às vezes também se aproveitam do terreno deixado pelos russos.
Quando a guerra começou, membros de grupos do crime organizado internacional abandonaram a Rússia e a Ucrânia e seguiram para regiões menos turbulentas, como a Ásia Central e os Estados do Golfo.
"Sabemos que ainda há muita cooperação entre as máfias russa e a ucraniana fora da Ucrânia", destaca Tuesday Reitano.
De acordo com a agência da União Europeia para a cooperação policial, a Europol, é muito provável que os criminosos dos dois países continuem trabalhando em parceria.
As máfias utilizam mais de uma rota de contrabando e cortar uma delas não impede a continuidade do tráfico. Os grupos se adaptam e diversificam as operações.
"Eles estão atentos aos lucros e, apesar da guerra, continuam com suas atividades criminosas, em busca de melhores oportunidades", explica Catherine De Bolle, diretora da Europol.
"Até o momento, não vemos nenhuma divisão entre as máfias russa e ucraniana", completa.
Em Odessa, com os russos ou sem eles, e apesar dos obstáculos criados pela guerra, os criminosos não interrompem as atividades.
"Apesar de tudo, continuamos. Odessa ainda é Odessa", resume Kirim.
J.Fankhauser--BTB