-
Príncipe William visita o Rio em missão climática antes da COP30
-
Prejuízos causados por Melissa serão um 'fardo' para a Jamaica por muitos anos, alerta a ONU
-
Queniano Benson Kipruto vence a Maratona de Nova York
-
Jannik Sinner é campeão do Masters 1000 de Paris e volta a ser número 1 do mundo
-
Dois dos suspeitos do roubo ao Louvre são um casal com filhos, diz promotora
-
Mamdani lidera disputa dramática pela Prefeitura de Nova York
-
Queniana Hellen Obiri vence e estabelece novo recorde na Maratona de Nova York
-
Israel ameaça intensificar ataques contra Hezbollah no sul do Líbano
-
Inter de Milão vence Verona e encosta no líder Napoli
-
Sabalenka confirma favoritismo contra Paolini e estreia com vitória no WTA Finals
-
Papa denuncia 'sofrimento inaceitável' da população no Sudão
-
O que se sabe sobre ataque com faca que deixou 10 feridos em trem no Reino Unido
-
Ex-Fla e Corinthians, técnico Vítor Pereira é demitido do lanterna da Premier League
-
Sem ajuda alimentar do governo, 'não como': o drama de milhões nos EUA
-
Alta do ouro impulsiona nova febre na Califórnia
-
Pequenos produtores de cacau temem nova lei europeia contra o desmatamento
-
Autoridades encontram vídeo de suposto estupro cometido por policiais em tribunal francês
-
Ataques russos na madrugada deixam ao menos seis mortos na Ucrânia
-
Morte se torna um negócio rentável em uma Coreia do Sul envelhecida e solitária
-
França exige cláusulas de salvaguarda antes de assinar acordo com Mercosul
-
Reino Unido investiga ataque com faca que deixou 10 feridos em um trem
-
Obama faz campanha antes de eleições importantes nos EUA
-
Milhares marcham na Argentina por direitos LGBTQ e contra políticas de Milei
-
Vários feridos e dois detidos por ataque com arma branca em trem na Inglaterra
-
Real Madrid goleia Valencia (4-0) e se mantém isolado na liderança do Espanhol
-
Juventus vence na estreia de Spalletti; líder Napoli tropeça em casa
-
Liverpool volta a vencer no Inglês após 4 derrotas; Arsenal segue firme na liderança
-
Crianças de Gaza voltam às aulas após dois anos de guerra
-
O que o futuro reserva para o ex-príncipe Andrew?
-
Bayern de Munique vence Bayer Leverkusen e segue imbatível na temporada
-
Milhares protestam na Sérvia no aniversário do desabamento de estação de trem
-
Napoli tropeça com Como no Italiano e fica com liderança ameaçada
-
PSG vence Nice com gol nos acréscimos e mantém liderança do Francês
-
Duas pessoas são indiciadas por roubo no Louvre, incluindo uma mulher de 38 anos
-
Operação policial mais letal do Brasil apreende R$ 12,8 milhões em armas
-
Google Maps elimina fronteira que separava Marrocos do Saara Ocidental
-
Sinner vence Zverev e vai enfrentar Auger-Aliassime na final do Masters 1000 de Paris
-
Arsenal vence Burnley e segue firme na liderança do Inglês
-
Apesar das barreiras, os eSports femininos continuam se desenvolvendo
-
RB Leipzig vence Stuttgart e recupera vice-liderança do Alemão
-
Swiatek estreia no WTA Finals com vitória esmagadora sobre Madison Keys
-
Duas pessoas são indiciadas pelo roubo no Louvre e outras três são liberadas
-
Auger-Aliassime vence Bublik e vai à final do Masters 1000 de Paris
-
EUA não enviará autoridades de alto escalão à COP30 em Belém
-
Parque Yosemite é posto à prova durante paralisação do governo federal dos EUA
-
Patrick Vieira é demitido do Genoa
-
Egito inaugura seu grande museu dedicado aos faraós
-
China reautorizará algumas exportações à Europa da fabricante de chips Nexperia
-
Aumento vertiginoso dos custos de saúde gera pânico nos EUA
-
Imagens de satélite apontam para mais massacres na cidade sudanesa de El Fasher
Vítimas de pornografia criada por IA veem Hong Kong despreparada para ameaça
A estudante de Direito 'C' acreditava que o uso da inteligência artificial (IA) para criar pornografia era uma ameaça distante, até que um colega de faculdade criou imagens dela e de várias outras mulheres.
"No início, fiquei atônita, depois senti pânico", comentou a jovem de 20 anos sobre a situação que provocou "uma ferida que deixará cicatriz".
C é uma das três mulheres que denunciaram em julho um escândalo de pornografia na universidade mais antiga de Hong Kong, o que provocou um debate sobre um fenômeno que parecia distante da cidade.
As vítimas, que conversaram com a AFP sob a condição de anonimato, e especialistas indicaram que a cidade não está preparada para enfrentar a ameaça.
No caso da Universidade de Hong Kong (HKU), centenas de imagens de pelo menos 20 mulheres foram encontradas no laptop do estudante.
'B', outra que se pronunciou, disse que se sentiu traída porque considerava o agressor um amigo.
"Sentia como se minha privacidade tivesse sido violada (...) como se não pudesse confiar nas pessoas ao meu redor".
A resposta inicial da universidade foi dar uma advertência ao aluno e obrigá-lo a pedir desculpas.
Uma terceira mulher, 'A', disse que um funcionário a informou que o caso não poderia ser levado a um comitê disciplinar.
"Estavam preocupados, mas não sabiam o que poderiam fazer (...) Consideramos um pouco ridículo", disse.
A HKU afirmou à AFP que "está em contato com os alunos envolvidos", mas que não poderia comentar mais porque o caso está sob revisão.
- Dano permanente -
O caso da HKU, no entanto, não é o primeiro que a cidade enfrenta.
Janice, uma mulher de cerca de 30 anos que pediu para usar um pseudônimo, disse à AFP que ficou devastada há alguns anos, quando imagens obscenas falsas foram enviadas aos seus amigos.
Ela nunca encontrou o responsável e teme que o dano "nunca termine".
"Eu faltava ao trabalho e não ousava sair à rua", contou Janice, ao recordar que chegou a pensar em suicídio.
"Não conseguia dormir porque tinha medo de acordar e ver toda a internet cheia de imagens (pornográficas) minhas".
A Associação de Combate à Violência Sexual contra Mulheres de Hong Kong recebeu 11 solicitações similares entre 2024 e 2025.
"Observamos um aumento (...) Alguns casos podem ficar ocultos se (as vítimas) não souberem como procurar ajuda", comentou a diretora executiva da entidade, Doris Chong.
- Forma de "violência sexual" -
Quase 90% das vítimas da pornografia por IA são mulheres, disse à AFP Susanne Choi, da Universidade Chinesa de Hong Kong, que considera as ações "uma forma de violência sexual".
A polícia afirmou não ter estatísticas sobre casos de pornografia com IA.
Legisladores e universidades devem "ampliar e revisar as leis existentes e os procedimentos para lidar melhor com o assédio sexual criado com tecnologia", argumentou Choi.
Há uma disposição crescente de punir a criação desse tipo de material, mas não há consenso sobre a posse, segundo o advogado de Hong Kong Stephen Keung.
A cidade pune a distribuição de "imagens íntimas", incluindo as geradas por IA, mas não sua criação ou posse.
A legislação dificultou a adoção de medidas legais no caso da HKU, uma vez que não havia evidências de que as imagens tenham circulado entre várias pessoas.
O órgão de proteção de dados de Hong Kong, no entanto, iniciou uma investigação criminal sobre o caso.
- Dignidade ferida -
As três estudantes afirmaram que precisaram lidar com reações negativas.
C, que era uma usuária ávida das redes sociais, parou de publicar por medo de que alguém utilize suas fotos.
"Muitos comentaram: 'Estão arruinando o futuro do cara, deveriam pedir desculpas a ele'", contou C.
O estudante não foi identificado e a AFP não conseguiu localizá-lo para comentar a acusação.
Segundo B, as três mulheres não querem julgar, mas acreditam que os responsáveis devem enfrentar consequências a longo prazo.
"A simples criação (de pornografia com IA) é um problema. Minha autonomia corporal, minha privacidade e minha dignidade foram prejudicadas", reclamou B.
"Temos que traçar uma linha desde a sua criação", afirmou.
L.Wyss--VB