
-
Sul-coreanos detidos em operação migratória nos Estados Unidos começam a ser libertados
-
Legisladores franceses recomendam proibição das redes sociais para menores de 15 anos
-
China anuncia sanções contra rede social RedNote por gestão de conteúdo
-
Filha do líder norte-coreano Kim Jong Un é sua 'provável sucessora', afirma Seul
-
Trump ataca 'esquerda radical' após assassinato de seu aliado Charlie Kirk
-
Explosão de caminhão de gás deixa 3 mortos e dezenas de feridos na Cidade do México
-
Federação peruana anuncia que Óscar Ibáñez não é mais técnico da seleção
-
Venezuela demite treinador após fracasso nas Eliminatórias para Copa de 2026
-
Aposentado, artilheiro Martins Moreno quer voltar à seleção boliviana, mas técnico veta
-
Fux dá primeiro voto no STF por absolvição de Bolsonaro
-
Maduro pede reestruturação da 'Vinotinto' após fim do sonho de disputar Copa de 2026
-
Charlie Kirk: herói dos jovens conservadores dos EUA
-
Catar diz que Netanyahu 'deve ser julgado' após ataque contra Hamas em Doha
-
Ativista de direita Charlie Kirk morre após ser baleado nos EUA
-
Flotilha com ajuda para Gaza volta a atrasar sua saída da Tunísia, diz Ávila
-
Posto de pessoa mais rica do mundo de Musk é ameaçado por Ellison, da Oracle
-
Congresso rejeita projeto-chave do Governo espanhol para reduzir jornada de trabalho
-
Ativista de direita Charlie Kirk é baleado em universidade nos EUA
-
Conselheiro de Trump, mais perto de se tornar governador do Fed
-
Farmacêutica Merck desiste de construir centro de pesquisa bilionário no Reino Unido
-
Príncipe Harry visita o pai, Charles III, em primeiro encontro desde 2024
-
Polônia alerta para risco de escalada após derrubar drones russos com ajuda da Otan
-
Rochas encontradas em Marte podem ser indício de vida antiga, diz Nasa
-
Quinto apagão total em menos de um ano leva população de Cuba ao desespero
-
Steve Mandanda, ex-goleiro da seleção francesa, anuncia aposentadoria aos 40 anos
-
Príncipe Harry visita rei Charles III pela primeira vez desde 2024
-
Alpine 'não terá mais desculpas em 2026', diz Flavio Briatore
-
Veja o que se sabe sobre o ataque de Israel contra o Hamas no Catar
-
Nova treinadora da seleção feminina da Espanha não descarta retorno de Jenni Hermoso
-
Polônia alerta para o risco de escalada após derrubar drones russos com ajuda da Otan
-
Torcedor do Oviedo é preso por fazer gestos racistas contra Mbappé
-
Exército nepalês controla Katmandu após protestos violentos
-
Julgamento da trama golpista é retomado com críticas de Fux ao processo
-
Em tribunal, esposa do presidente do governo espanhol nega ter desviado fundos
-
Gisèle Pelicot publicará suas memórias em 17 de fevereiro
-
Peru enfrenta o desafio de conter o crescente negócio da extorsão
-
Novo primeiro-ministro da França promete romper com o passado em meio a protestos
-
A última viagem de três barcos vikings na Noruega
-
Para o grupo de rap Kneecap, o apoio à Palestina cresceu'
-
Chefe da Comissão Europeia propõe sanções contra ministros 'extremistas' de Israel
-
Israel defende ataque contra o Hamas no Catar apesar da crítica de Trump
-
Polônia derruba drones russos com a ajuda da Otan e denuncia 'provocação em larga escala'
-
Novo Nordisk eliminará 9.000 postos de trabalho
-
Dezenas de detidos no início de jornada de bloqueios na França
-
Exército nepalês patrulha ruas da capital após protestos que provocaram renúncia do primeiro-ministro
-
Flotilha com ajuda para Gaza denuncia segundo ataque com suposto drone
-
Bolívia vence Brasil (1-0) em casa e vai à repescagem da Copa de 2026; Venezuela é eliminada
-
Colômbia vence (6-3) e acaba com sonho da Venezuela de ir à Copa de 2026
-
'Não é minha assinatura', diz Trump sobre suposta carta a Jeffrey Epstein
-
Obesidade supera pela primeira vez a desnutrição entre menores de 5 a 19 anos, alerta Unicef

Chavismo comemora 25 anos à frente da Venezuela e sua continuidade está em jogo
"Agora e para sempre", diz uma inscrição no mausoléu de Hugo Chávez, que em 2 de fevereiro de 1999, há 25 anos, prestou juramento pela primeira vez como presidente da Venezuela e iniciou uma era que continuou após sua morte, com Nicolás Maduro.
"Uma tragédia" para uns, "uma conquista", para outros.
O carismático ex-militar conquistou multidões com a promessa de acabar com a pobreza. Hoje, no entanto, o país está mergulhado em uma depressão econômica sem precedentes e contínuas crises políticas que levaram a sete milhões - de uma população de 30 milhões- a emigrar.
Neste panorama, Maduro busca um terceiro mandato, colocando obstáculos a qualquer um que ameace a continuidade da chamada Revolução Bolivariana.
- Economia e petróleo -
Maduro repete constantemente que enfrenta una "guerra não convencional" contra o "imperialismo" -como chama os Estados Unidos-, e atribui os problemas do país às sanções com as quais Washington tentou tirá-lo do poder em 2019.
Em 2022, uma breve recuperação econômica foi insignificante diante da redução de 80% do PIB em uma década. A hiperinflação de milhares de pontos percentuais levou, ironicamente, a uma dolarização informal.
A indústria petroleira, que gera praticamente toda a renda do país, está devastada: abandono, corrupção e falta de profissionais qualificados (muitos demitidos após uma greve em 2002), indicam especialistas. A produção de três milhões de barris por (bd) com Chávez caiu para 300.000 antes de subir para 900.000 atualmente.
"O chavismo representou uma grande tragédia para o país", disse à AFP Benigno Alarcón, cientista político e professor da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB).
"Um governo que, inicialmente obteve as maiores receitas que qualquer outro na Venezuela e teve a oportunidade de fazer da Venezuela um país moderno (...), desperdiçou o dinheiro com clientelismo para manter-se no poder".
"Não houve investimentos (...), não houve melhora na economia, na infraestrutura, na capacidade produtiva do país", afirmou, destacando que "mataram a galinha dos ovos de ouro", a Petróleos de Venezuela (PDVSA), que foi uma das mais importantes do mundo.
- Pobreza -
Não há números oficiais sobre a pobreza e poucas informações sobre indicadores econômicos. Um estudo da UCAB estima em 90% entre 2018 e 2021, e 81,5% em 2022.
"É uma das mais altas do mundo", destaca Alarcón. "A lógica para manter o poder, independentemente de Chávez ou de Maduro, é a mesma (...): a miséria do povo".
Rodrigo Cabezas, que foi ministro das Finanças de Chávez, faz uma distinção entre "chavismo" e "madurismo".
"O confronto com os Estados Unidos é a grande cartada do madurismo para tentar justificar sua tremenda incompetência na gestão do Estado, da economia, da sociedade, para tentar justificar sua condução terrivelmente autoritária, violadora de direitos humanos", explica à AFP o agora professor da Universidade de Zulia.
"Ninguém pode dizer que a economia venezuelana foi destruída com Chávez", insiste, citando crescimento, aumento do salário mínimo (hoje em 3,5 dólares mensais ou cerca de 17,30 reais na cotação atual) e redução da pobreza nesses anos. "O foco era o povo".
- Política -
Para Ana Sofía Cabezas, vice-presidente da Fundação Chávez, a Constituição foi "uma das coisas mais importantes deixadas pelo comandante Chávez".
Aprovada em 1999 e impulsionada pelo ex-presidente, é um exemplo em direitos humanos e sociais, embora seus críticos apontem grandes violações.
Cabezas recorda que ele venceu com folga todas as eleições que disputou: 1998, 2000, 2006 e 2012, meses antes de morrer.
Chávez mudou a Constituição para reeleger-se indefinidamente, beneficiando Maduro, reeleito em 2018 e buscando um terceiro mandato este ano.
Alarcón destaca que as "violações de direitos humanos começaram com Chávez", embora o governo de Maduro esteja sendo investigado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) pela repressão dos protestos em 2017, com mais de cem mortos, entre outras denúncias de execuções, torturas e detenções arbitrárias.
O rosto de Chávez está por todas partes, 11 anos após sua morte.
"Chávez vive", disse entusiasmada Cabezas (que não tem parentesco com o ex-ministro). "Isso se traduz no despertar das forças populares, da consciência do povo venezuelano".
W.Huber--VB