
-
Venda de ingressos para Jogos de Los Angeles-2028 começará em 2026
-
Polêmica cresce em torno de ataques dos EUA contra supostas lanchas de narcotraficantes no Caribe
-
Condenado e com problemas de saúde, Bolsonaro é diagnosticado com câncer de pele
-
Fed corta suas taxas de juros em um quarto de ponto percentual, a 4%-4,25%
-
Louboutin terá Jaden Smith, filho de Will Smith, à frente de sua linha masculina
-
Flick sobre retorno de Yamal: 'É para estar 100%'
-
França lança campanha para adquirir manuscritos de Marcel Proust
-
Confederação internacional de música critica empresas de IA por infringirem direitos autorais
-
Bolsonaro é diagnosticado com câncer de pele
-
Palestinos fogem em massa da Cidade de Gaza, alvo de uma ofensiva israelense
-
ATP anuncia ex-tenista queniano Eno Polo como novo diretor-geral
-
Único banco de leite materno do Quênia salva bebês prematuros
-
Guardiola descarta Manchester City como favorito na Champions
-
Milhares de manifestantes protestam em Londres contra visita de Trump
-
Colaborador próximo de secretário do Tesouro americano perto de ser número 2 do FMI
-
Talibãs cortam cabos no Afeganistão para bloquear acesso à internet
-
Benfica demite Bruno Lage após derrota na Champions e busca contratação de Mourinho
-
Volante Thomas Partey, do Villarreal, se declara inocente de acusações de estupro
-
Alison dos Santos se classifica para final no Mundial de Atletismo
-
Comissão Europeia propõe mais impostos a produtos de Israel e sanções contra dois ministros
-
IA pode aumentar em 40% o valor do comércio global, diz OMC
-
Bolsonaro segue internado com problema renal e anemia
-
Beleza escondida: cirurgias estéticas estão na moda no Afeganistão
-
Kast sustenta sua candidatura presidencial em plano anticrime para o Chile
-
Cofundador dos sorvetes Ben & Jerry's renuncia devido a crise de 'valores' na empresa
-
'FC 26' volta aos 'fundamentos' do FIFA para se reconciliar com seus fãs
-
Reino Unido exibe toda a sua pompa para visita de Estado de Trump
-
Imposto a super-ricos agita o debate político na França
-
Colômbia foi o país mais perigoso para ambientalistas em 2024
-
Viúva de opositor russo Navalny diz que ele morreu envenenado
-
Israel anuncia nova rota 'temporária' para acelerar fuga dos moradores da Cidade de Gaza
-
Principal suspeito do caso Madeleine McCann deixa a prisão na Alemanha
-
Governo resgata 1.600 turistas retidos em Machu Picchu por protestos
-
'Futuro melhor é possível': jovens dos EUA processam Trump por mudança climática
-
Trump afirma que EUA 'eliminou' 3 embarcações venezuelanas
-
Palmeiras visita River pela ida das quartas de final da Libertadores
-
Sentenciados por matarem seus pais, irmãos Menéndez têm novo julgamento negado
-
Jair Bolsonaro passará noite no hospital após "sentir-se mal"
-
Ativistas anti-Trump projetam fotos relacionadas com caso Epstein no castelo de Windsor
-
O segundo evento Blue Magic Netherlands está agendado para 18 de novembro
-
Nova York terá café chamado 'Central Perk' inspirado em 'Friends'
-
Promotoria quer pena de morte para suspeito de assassinar Charlie Kirk
-
YouTube anuncia novas ferramentas de IA para criadores de vídeos
-
Modi e Trump trocam mensagens cordiais em meio a negociações comerciais tensas
-
Governo resgata 1.400 turistas retidos em Machu Picchu por protestos
-
Jair Bolsonaro é levado a hospital em Brasília após "sentir-se mal"
-
Qarabag surpreende e vence Benfica (3-2) de virada na Champions
-
Com 8 gols no segundo tempo, Juventus e Borussia Dortmund empatam na Champions
-
Tottenham vence Villarreal (1-0) com falha de goleiro brasileiro na 1ª rodada da Champions
-
Real Madrid vence Olympique de Marselha (2-1) de virada na estreia na Champions

Aterrorizados com batidas, imigrantes de Los Angeles se trancam em casa
Há mais de um mês, Alberto vive trancado no pequeno quarto que aluga em Los Angeles. Por medo de encontrar agentes da imigração, não tem saído nem mesmo para fazer compras.
"É terrível", suspira este salvadorenho de 60 anos, sem visto de residência nos Estados Unidos. "É um confinamento que não desejo a ninguém".
Para sobreviver, este homem conta com uma organização que leva alimentos para ele duas vezes por semana.
"Isso me ajuda muitíssimo porque se não tiver isto (...), como vou comer? Não tenho trabalho", diz Alberto, que por medo se identifica com um pseudônimo.
Na investida anti-imigração do começo de junho em Los Angeles, centenas de pessoas, latinos em sua maioria, foram detidas nas ruas ou em locais de trabalho como lava-jatos, lojas de ferragens e fazendas agrícolas.
Vídeos postados nas redes sociais mostraram agentes encapuzados e armados subjugando os imigrantes. A brutalidade e a arbitrariedade aparentes das operações provocaram uma onda de protestos em Los Angeles, alguns acabando em atos de violência e vandalismo.
Com o argumento de que a cidade sucumbia ao caos, o presidente Donald Trump enviou centenas de fuzileiros navais e homens da Guarda Nacional, apesar de as autoridades estaduais e locais afirmarem ter a situação sob controle.
Uma operação em um lava-jato, na qual vários de seus amigos foram detidos e depois deportados, levou Alberto a se entrincheirar em seu quarto e não voltar mais ao trabalho.
Apesar de ser pré-diabético, ele duvida que conseguirá ir à sua próxima consulta médica. Só consegue sair para esticar as pernas no corredor que leva ao seu quarto.
"Estou muito estressado. Minha cabeça e meu corpo doem", queixa-se Alberto, enquanto lamenta não poder trabalhar.
Morando há quinze anos nos Estados Unidos, ele acredita que o segundo mandato Trump "é o pior de tudo".
- "Cidade fantasma" -
Trump voltou à Casa Branca graças, em parte, ao seu discurso contra a imigração. Mas sua ofensiva em Los Angeles, onde há centenas de milhares de trabalhadores sem documentos, surpreendeu a cidade.
O medo das batidas em locais de trabalho ou em pontos de ônibus se espalhou.
Em junho, o uso do sistema de transporte público caiu 13,5% em comparação com o mês anterior.
"Quando você dirige por alguns bairros, às vezes parece uma cidade fantasma", descreve Norma Fajardo, da CLEAN, uma ONG que reúne trabalhadores de lava-jatos.
O grupo, assim como outras organizações, ajuda com doações de comida àqueles que se esconderam em suas casas.
"Isso é muito necessário", diz Fajardo, uma americana de 37 anos, que considera a situação "muito triste e revoltante".
"As pessoas deveriam poder ir para seu trabalho sem medo de serem sequestradas", acrescenta.
Em junho, o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) deteve mais de 2.200 pessoas na região de Los Angeles, segundo documentos analisados pela AFP. Sessenta por cento delas não tinham antecedentes criminais.
- "Novo normal" -
O Congresso acaba de aprovar vultosos recursos financeiros para o ICE, incluindo 30 bilhões de dólares (R$ 168 bilhões, na cotação atual) destinados à contratação de 10.000 agentes adicionais para operações de detenção e deportação.
Por isso, Fajardo acredita que as operações não vão parar.
"Parece o novo normal", diz. "A primeira vez que soubemos de uma batida em um lava-jato nos sentimos em uma situação de emergência. Apenas agora começamos a aceitar que temos que fazer planos de longo prazo", explica.
As doações de alimentos também se tornaram essenciais para Marisol, uma hondurenha que passou semanas confinada em seu apartamento com doze familiares.
"Agradecemos a Deus constantemente (...) porque tem sido um grande alívio", diz a mulher de 62 anos, que não tem ido à missa em todo esse tempo.
Ela também se identifica com um pseudônimo e tapou suas janelas com cortinas para bloquear a visibilidade do lado de fora.
Ela proibiu seus netos de abrirem a porta e fica muito preocupada quando suas filhas vão trabalhar por algumas horas para cobrir as despesas básicas.
"Sempre que elas saem também peço a Deus que voltem, porque não se sabe, não é verdade? É aquela incerteza", comenta.
Marisol fugiu de Honduras com a família há 15 anos, temendo que uma gangue recrutasse seus filhos.
Mas agora eles se perguntam se vale a pena continuar nos Estados Unidos.
"Meus filhos já me disseram: 'Mamãe, às vezes eu preferiria ir para a Europa'".
L.Meier--VB