
-
Djokovic vence Fritz e vai enfrentar Alcaraz nas semifinais do US Open
-
Líderes da China, Rússia e Coreia do Norte assistem a enorme desfile militar em Pequim
-
Trump afirma que 11 "narcotraficantes" morreram em ataque contra barco da Venezuela
-
Jorge Sampaoli é o novo técnico do Atlético-MG
-
Fortaleza demite técnico português Renato Paiva
-
Dupla Venus Williams-Leylah Fernandez é eliminada nas quartas de final do US Open
-
Gérard Depardieu será julgado por estupro
-
Trump rebate boatos sobre sua saúde e diz que são 'notícias falsas'
-
Técnico da Venezuela vai tentar 'estragar' despedida de Messi na Argentina
-
Vondrousova desiste do US Open por lesão e Sabalenka avança à semifinal sem jogar
-
Alcaraz despacha Lehecka e avança à semifinal do US Open
-
Deslizamento de terra arrasa povoado e mata centenas no oeste do Sudão
-
Ilkay Gündogan deixa Manchester City e assina com Galatasaray
-
Sonho de marcar pela Seleção está 'cada vez mais perto', diz João Pedro
-
Iceberg gigante de 39 anos está derretendo na costa da Antártida
-
Sancionado pelos EUA, Moraes diz que vai ignorar 'pressões' em julgamento de Bolsonaro
-
Pegula elimina Krejcikova e avança à semifinal do US Open
-
Kim Jong Un se une a Xi e Putin, que comemoram relação 'estratégica' em Pequim
-
França emite mandado de prisão contra Bashar al Assad por morte de jornalistas em 2012
-
Trump promete acabar com o crime em Chicago, a 'cidade mais perigosa do mundo'
-
Sofia Coppola estreia em Veneza com carta de amor para Marc Jacobs
-
Festival de Veneza, entre o existencialismo e a ameaça nuclear
-
AIEA encontra partículas de urânio na Síria
-
Clubes ingleses sacodem janela de transferências com investimento recorde de R$ 22 bi
-
David Luiz é denunciado por ameaças contra mulher
-
Chloe Malle sucede Anna Wintour à frente da Vogue nos EUA
-
Viticultor francês é condenado à prisão por vender champanhe falsificado
-
Taiwanesa Lin Yu-ting, que diz ter passado por teste de feminilidade, não vai ao Mundial de boxe
-
Número de mortos em terremoto no Afeganistão passa de 1.400
-
Filho mais velho da princesa da Noruega será julgado em fevereiro por estupro
-
Em julgamento, Moraes afirma que Bolsonaro buscou instaurar 'ditadura' no Brasil
-
Lucrecia Martel em Veneza: 'cinema é algo muito poderoso em época de desesperança para humanidade'
-
Manchester City anuncia saída de Ederson após contratação de Donnarumma
-
STF inicia sessões para sentença em julgamento histórico de Bolsonaro
-
Israel intensifica preparativos para nova ofensiva em Gaza
-
IA, uma nova ferramenta para criminosos na Internet
-
Terremoto no Afeganistão: número de mortos ultrapassa 1.400
-
Justiça francesa determina julgamento de Depardieu por estupro
-
Jair Bolsonaro e seus colaboradores: os oito acusados pela trama golpista
-
Reino Unido constrói novas cidades em resposta à crise da moradia
-
Deslizamento de terra deixa mais de mil mortos no oeste do Sudão
-
Austrália vai combater nudez criada com IA e assédio online
-
Kim Jong Un visita China para encontro com Xi e Putin
-
Suicídios representam uma morte em cada 100 no mundo, segundo a OMS
-
Suicídios representam um morte em cada 100 no mundo, segundo a OMS
-
Afeganistão procura sobreviventes após terremoto que deixou mais de 900 mortos
-
Putin diz a Xi que relações Rússia-China estão em nível 'sem precedentes'
-
O destino de Bolsonaro nas mãos do STF
-
Bia Haddad é eliminada por Anisimova, que vai enfrentar Swiatek nas quartas do US Open
-
Colômbia, Uruguai e Paraguai tentam vaga na Copa-2026 em rodada com despedida de Messi

Pescadores cariocas criam aplicativo para denunciar crimes ambientais
Com uma das mãos dirige uma lancha e com a outra empunha a câmera do celular: Alexandre Anderson registra, em um aplicativo, uma mancha de óleo que acaba de detectar na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro - uma nova "arma" em defesa do meio ambiente.
A plataforma "De Olho na Guanabara", desenvolvida pela Associação Homens e Mulheres do Mar (Ahomar) e pela ONG 350.org, permite que seus usuários registrem infrações ambientais como vazamentos de petróleo, descarte de produtos químicos ou água não tratada de embarcações.
A Baía de Guanabara, porto natural de cerca de 400 km2 e cartão-postal do Rio, é contaminada há muitos anos pelo descarte de esgoto e lixo procedentes da região metropolitana, além de navios antigos abandonados em suas águas.
Além disso, está exposta a acidentes nas instalações de transporte e refino de petróleo nas suas ilhas e arredores.
Antes ele tirava fotos com o celular ou com uma câmera, "mas que localização é essa? Onde está essa mancha de óleo? A mancha anda", explica Anderson, presidente da Ahomar, enquanto filma um jato d'água descartado pelo duto de uma embarcação.
"O aplicativo hoje, ele me dá a localização, ele me dá a precisão que eu preciso" para fazer a denúncia, explica, após registrar o que parece ser um descarte inadequado de água de lastro, usada em embarcações para equilibrar o peso durante a navegação.
Em poucas horas, navegando em sua lancha pelas águas escuras da Baía de Guanabara, Anderson se depara com restos de petróleo, substâncias químicas de limpeza e outros produtos descartados de forma irregular, afirma.
Ao observar essas situações, os pescadores da Ahomar podem tirar fotos e baixá-las anonimamente no aplicativo, detalhando o que veem. As informações são, então, verificadas por um moderador e publicadas em um site.
Três semanas após o lançamento do aplicativo, em 26 de julho, 20 denúncias foram publicadas no site e mais de 100 estavam em análise, segundo seus administradores.
As denúncias também podem ser encaminhadas a autoridades, como o Ibama ou a Marinha, para que possam tomar medidas como multas ou processos judiciais.
- Menos pesca, mais poluição -
O objetivo é facilitar a fiscalização da baía que os pescadores artesanais já realizam por conta própria.
"Os órgãos de fiscalização sempre alegaram falta de instrumentos para lidar com as denúncias", diz Paulo Barone, presidente da Associação dos Pescadores do Arquipélago de Paquetá, localizada no coração da baía.
Com esta nova ferramenta, as autoridades "não terão como negar ou deixar de prestar socorro" às denúncias, confia.
"Os pescadores artesanais estão há décadas na linha de frente das denúncias sobre a poluição da Baía de Guanabara", confirma à AFP Luiz Afonso Rosário, coordenador de campanha da 350.org no Brasil.
"As empresas de petróleo e gás provocam um duplo impacto: além de poluir as águas que são fonte de alimentação, renda e lazer para milhares de famílias, ainda agravam a crise climática (...) ao fornecer os combustíveis fósseis que são a principal causa do aquecimento global", acrescenta.
Os pescadores sofreram especialmente depois de um vazamento em 2000 que liberou 1,3 milhão de litros de petróleo de uma refinaria da Petrobras e acabou com a presença de peixes na baía.
"Isso acabou com a pescaria toda. Você não acha mais um robalo, você não acha mais uma pescada", diz Roberto Marques Resende, que ainda pesca na região.
- Missão perigosa -
Para alguns, a luta envolve colocar a própria vida em risco, como para Anderson, que há anos se posiciona contra os projetos petroquímicos na Baía.
Ele e a esposa ingressaram no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos do governo federal em 2009, após o assassinato de quatro colegas, ainda sem solução, e depois de eles próprios terem sofrido ataques e ameaças, afirma.
Com o lançamento do aplicativo de fiscalização, o "risco" para eles "aumentou ainda mais", diz.
Mas ele se sente esperançoso.
"Não só os pescadores hoje têm essa arma de luta, de defesa e proteção do meio ambiente, mas toda a sociedade tem essa arma agora aqui disponível", afirma.
"Denunciando e eles realmente sendo punidos, (é assim) que a gente vai resolver essas questões ambientais", conclui.
S.Gantenbein--VB