
-
RSF alerta para deterioração da liberdade de imprensa nos EUA e América Latina
-
Sabalenka vai lutar por seu 3º título em Madri na final contra Gauff
-
Chelsea goleia na visita ao Djurgarden (4-1) e fica perto da final da Conference League
-
No Dia Nacional da Oração, Trump fala em "virgens" e ouve sobre "sonhos divinos"
-
EUA prevê novas negociações com o Irã, Trump pressiona por sanções
-
Betis vence Fiorentina (2-1) na ida da semifinal da Conference League
-
Tottenham vence Bodo/Glimt (3-1) e fica mais perto da final da Liga Europa
-
Trump substitui assessor de Segurança Nacional após escândalo e fortalece Rubio
-
United vence na visita ao Athletic Bilbao (3-0) pela ida das semis da Liga Europa
-
Nottingham Forest perde para o Brentford (2-0) e fica fora da zona da Champions
-
Rio de Janeiro se enche de 'little monsters' fanáticos por Lady Gaga
-
Defesa de Weinstein tenta desacreditar uma de suas acusadoras nos EUA
-
Julen Lopetegui é o novo técnico da seleção do Catar
-
Zelensky celebra acordo sobre minerais 'realmente justo' assinado com EUA
-
O que se sabe do acordo sobre minerais entre EUA e Ucrânia
-
Palmeiras nega que Abel Ferreira esteja em negociação com a CBF
-
Cardeal Pizzaballa, patriarca de Jerusalém e hábil diplomata em um entorno explosivo
-
Manolo 'el del Bombo', torcedor mais ilustre da seleção espanhola, morre aos 76 anos
-
Líder da minoria drusa da Síria denuncia massacres e critica o poder islamista
-
Cerúndolo vence Mensik e vai enfrentar Ruud nas semis do Masters 1000 de Madri
-
Cuba tem grande marcha de 1º de maio contra sanções dos EUA
-
Swiatek, atual campeã, é atropelada por Gauff na semifinal do WTA 1000 de Madri
-
Sheinbaum e Trump acordam melhorar balança comercial entre México e EUA, ainda sem acordo sobre tarifas
-
Cipriani, o cardeal peruano acusado de abuso sexual que desafia Francisco após sua morte
-
Cardeal Turkson, favorito para se tornar o primeiro papa africano
-
Bolsonaro deixa UTI quase três semanas depois de cirurgia abdominal
-
Britânica de 115 anos se torna pessoa mais idosa do mundo
-
Eleições locais podem confirmar crescimento da extrema direita no Reino Unido
-
Incêndios perto de Jerusalém estão 'sob controle'
-
Israel reabre estradas fechadas por incêndio perto de Jerusalém
-
Kamala Harris denuncia visão 'egoísta' com que Trump governa os EUA
-
Trump diz a Musk que ele pode ficar pelo tempo que quiser
-
Colômbia liberta 99 mulheres presas por narcotráfico
-
EUA busca países para receber imigrantes deportados
-
EUA e Ucrânia assinam acordo para acesso aos recursos naturais ucranianos
-
Juíza anula ordem de captura contra Morales na Bolívia
-
Fórmula 1 renova contrato com GP do México até 2028
-
Morales vai deixar refúgio para registrar candidatura à Presidência
-
EUA 'negou devido processo' a imigrantes deportados, denunciam especialistas da ONU
-
Forças de segurança são mobilizadas perto de Damasco após combates
-
Sabalenka vence Kostyuk e vai às semifinais do WTA 1000 de Madri
-
Barça e Inter de Milão empatam (3-3) na ida das semifinais da Champions
-
Sinner nega ter recebido "tratamento preferencial" em caso de doping
-
Denunciante de Harvey Weinstein reitera acusação de estupro em novo julgamento em NY
-
Netanyahu alerta que incêndios podem atingir Jerusalém
-
Charles III: todo diagnóstico de câncer 'é assustador'
-
Trump diz a Musk que ele pode ficar em sua equipe pelo tempo que quiser
-
Para especialistas da ONU, EUA negou 'devido processo' a migrantes presos em El Salvador
-
'Os EUA não são mais a potência dominante', diz CEO da Web Summit
-
Son Heung-min desfalca Tottenham contra Bodo/Glimt na ida das semis da Liga Europa

Milei reabre debate sobre ditadura e papel das Forças Armadas na Argentina
Assim como prometeu na campanha, o governo de Javier Milei reabriu o debate sobre a última ditadura na Argentina e o papel das Forças Armadas, ao questionar o número de desaparecidos e propor que os militares atuem na segurança interna do país.
Em um ato na terça-feira com veteranos da guerra das Malvinas que a Argentina perdeu para o Reino Unido em 1982, o presidente de extrema direita culpou a política de "perseguir e humilhar" os militares pelo que ocorreu durante a ditadura após o retorno à democracia um ano depois e prometeu limpar seus nomes.
O governo de Milei também divulgou recentemente, no aniversário do último golpe de Estado de 1976, um vídeo que questiona o número de 30.000 desaparecidos durante a ditadura, que foi apontado na época por organizações de defesa dos direitos humanos.
Também anunciou no mês passado a intenção de reformar uma lei para permitir que as Forças Armadas intervenham em operações destinadas a restabelecer a segurança em assuntos internos.
O governo justifica a medida com o combate ao "narcoterrorismo" que atinge Rosário, uma cidade 300 km ao norte de Buenos Aires que tem sido palco de atos de violência por parte de organizações criminosas e respostas midiáticas das forças de segurança.
- "Traficantes de chinelos" -
Na Argentina, desde 1991, o Exército pode proporcionar apenas equipamento e apoio técnico à polícia e às demais forças de segurança, sem intervir diretamente.
A ideia de que os militares cuidem da segurança interna desperta ecos dolorosos do passado, no momento em que o governo reabre as feridas do que ocorreu na década de 1970, marcada por milhares de desaparecimentos, exílios e execuções em centros de detenção clandestinos.
Os próprios militares sentem-se incomodados com a ideia de se responsabilizarem pela ordem interna e grandes setores da sociedade - da direita à esquerda - rejeitam essa iniciativa.
Até mesmo a vice-presidente Victoria Villarruel, próxima a certos setores questionados das instituições militares, mostrou-se contrária: "A função das Forças Armadas não é combater civis", afirmou em uma entrevista ao canal TN.
"Nos anos 1970 se combateu o terrorismo", disse, ao se referir a grupos guerrilheiros. "E onde estão os que o combateram? Presos", continuou Villarruel, que reivindica a "teoria dos dois demônios", segundo a qual os movimentos clandestinos que enfrentaram os militares naquele momento também devem ser levados à Justiça.
Em defesa do uso das Forças Armadas para combater o chamado "narcoterrorismo", a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, comentou que "o país tem que conseguir curar suas feridas e avançar em direção ao futuro". "As Forças Armadas hoje são parte integrante da nossa democracia", disse.
Para alguns especialistas, há uma questão de proporcionalidade, já que, segundo eles, no caso de Rosário, os crimes são cometidos principalmente por pequenas gangues ainda precárias.
"É preciso questionar-se se o nível de violência do tráfico em Rosário merece o uso das Forças Armadas. Aqui estamos falando de traficantes de chinelos", ironizou Jorge Luis Vidal, especialista em gestão da segurança pública e luta contra o narcotráfico.
Ariel Larroude, diretor do Observatório de Política Criminal, foi mais taxativo: "Se as Forças Armadas intervêm em conflitos de segurança e fracassam, essas organizações criminosas perderão definitivamente o respeito ao Estado (...) Por isso a resposta deve ser gradual e com forças de segurança".
- "Uma lista aberta" -
O reposicionamento das Forças Armadas ante a opinião pública inclui a revisão de sua ação durante a ditadura e o número de vítimas que deixou.
Organizações de defesa dos direitos humanos e parte do espectro político, da centro direita à esquerda, afirmam que foram 30.000, mas outros setores até há pouco tempo marginais asseguram que o número verdadeiro está perto dos 8.000.
Milei garante que a ditadura deixou 8.753 desaparecidos, um número mais próximo aos 8.961 registrados pelo relatório da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (Conadep) publicado em 1984.
A Conadep também esclareceu naquele momento que se tratava de "uma lista aberta", que foi levemente modificada em 2015.
"Não é uma discussão nova, isso aconteceu em outros períodos políticos; não com o interesse de conhecer a verdade, mas sim com o interesse de acusar as vítimas de um déficit de informação que de qualquer maneira é responsabilidade do Estado e é parte da vitimização", explicou à AFP Marcela Perelman, diretora da equipe de pesquisa do Centro de Estudos Legais e Sociais.
O curto documento divulgado pelo governo de Milei em 24 de março, no 48° aniversário do golpe, negava o número de 30.000 e pedia para se contar "a história completa".
Nesse mesmo dia, milhares de pessoas manifestaram-se em todo país com cartazes que diziam "São 30.000", na maior mobilização em relação ao golpe em anos.
S.Leonhard--VB