
-
De Roma a Paris, as homenagens à 'grande dama' do cinema Claudia Cardinale
-
Presidente do Irã nega na ONU que seu país busque desenvolver armas nucleares
-
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, na linha de frente para suceder a Bolsonaro
-
Flick sobre Yamal: 'Não ganhar a Bola de Ouro é uma motivação para os próximos anos'
-
Resgatados 7 dos 23 mineiros presos em jazida de ouro na Colômbia
-
Zelensky alerta que ser membro da Otan não garantiria segurança da Ucrânia
-
Ataque a centro de detenção de migrantes nos EUA deixa um morto e dois feridos
-
Funerais de palestinos mortos na Cisjordânia ocupada reúnem centenas de pessoas
-
Alcaraz acredita que Sinner será mais forte após derrota na final do US Open
-
EUA anuncia linha de financiamento rápido de US$ 20 bi para socorrer a Argentina
-
Prefeito de Londres chama Trump de 'racista, sexista, misógino e islamofóbico'
-
Nuvem tóxica contamina casas que resistiram aos incêndios de Los Angeles
-
Tesouro dos EUA negocia financiamento de US$ 20 bilhões para o BC argentino
-
Arquiteto chinês Kongjian Yu morre em acidente aéreo no Mato Grosso do Sul
-
À espera de asilo no Ocidente, jovens afegãs buscam refúgio na música
-
Supertufão Ragasa atinge a China continental após deixar 17 mortos em Taiwan
-
EUA lança três sondas para melhorar estudos do clima espacial
-
Vistos a US$ 100.000 se tornam risco para setor financeiro de Nova York
-
Moldávia se torna palco da guerra de desinformação russa dias antes de eleição
-
Esposa do primeiro-ministro espanhol poderá ir a júri popular
-
ONU recebe negociações climáticas um dia após críticas de Trump
-
Premiê da Dinamarca pede perdão às vítimas de contracepção forçada na Groenlândia
-
Rússia diz que não tem alternativa a prosseguir com ofensiva na Ucrânia
-
Supertufão Ragasa afeta Hong Kong depois de provocar 14 mortes em Taiwan
-
Primeiro-ministro japonês anuncia que reconhecerá o Estado da Palestina
-
Ativistas da flotilha para Gaza denunciam novo ataque
-
Justiça de Trinidad e Tobago rejeita extradição de ex-vice da Fifa aos EUA
-
Irã se reúne com europeus, mas sem sinais de avanços sobre sanções
-
Racing vence Vélez (1-0) e é o primeiro semifinalista da Libertadores
-
Abel vs Gallardo: um jogo de xadrez que vale vaga nas semis da Libertadores
-
Na ONU, Macron alerta 'risco de que se imponha lei do mais forte'
-
Catar diz na ONU que continuará esforços para conseguir trégua em Gaza
-
Atriz Claudia Cardinale morre aos 87 anos
-
Trump acredita que Ucrânia pode recuperar território ocupado pela Rússia
-
Claudia Cardinale, a bela tunisiana que se tornou ícone do cinema
-
Com dois de Mbappé e um de Vini, Real Madrid vence Levante e dispara na liderança
-
Chelsea e Liverpool sofrem, mas avançam na Copa da Liga Inglesa
-
Milan vence Lecce (3-0) e avança às oitavas da Copa da Itália
-
Gavi passa por cirurgia no joelho e vai desfalcar Barcelona por até 5 meses
-
Madueke sofre lesão no joelho e aumenta lista de desfalques do Arsenal
-
Athletic Bilbao evita derrota em casa contra lanterna Girona (1-1)
-
EUA declara gangue Barrio 18 'organização terrorista estrangeira'
-
Designer Demna estreia com a Gucci na Semana de Moda de Milão
-
Khamenei diz que Irã não cederá a pressões para cessar enriquecimento de urânio
-
Trump e Lula na ONU: farpas, "química" e promessa de reunião
-
Meloni diz não se opor ao reconhecimento de Estado da Palestina, mas com condições
-
Nasa prevê enviar missão tripulada à órbita lunar no começo de 2026
-
Governo dos EUA afirma que dois milhões de imigrantes irregulares deixaram o país
-
Prefeitura de Barcelona segue sem liberar Camp Nou para receber público
-
Powell adverte sobre risco de inflação se Fed cortar taxas 'de forma muito agressiva'

À espera de asilo no Ocidente, jovens afegãs buscam refúgio na música
As irmãs afegãs Shayma e Laylama vivem escondidas em um Paquistão hostil, onde se consolam com canções de Bob Dylan. Integrantes de uma banda, tocam baixinho para os vizinhos não ouvirem.
Elas deveria estar em Nova York, para onde planejavam se mudar com a família em fevereiro.
Mas seus planos foram frustrados quando o presidente americano, Donald Trump, suspendeu indefinidamente a chegada de refugiados, deixando cerca de 15.000 afegãos no meio do caminho, em Islamabad.
Agora, correm o risco de serem deportadas para seu país, o único do mundo que lhes nega amplamente o acesso à educação e ao emprego.
"Faremos o que for necessário para nos esconder", garantiu Zahra, de 19 anos, outra integrante da banda. "Para garotas como nós, não há futuro no Afeganistão".
- "Isto não é um campo de trânsito" -
Desde que os talibãs voltaram ao poder no Afeganistão em 2021, milhares de cidadãos fugiram para pedir asilo em embaixadas ocidentais no vizinho Paquistão.
Muitos haviam trabalhado para as forças da Otan, lideradas pelos Estados Unidos, ou para ONGs ocidentais, mas também havia ativistas, músicos e jornalistas.
Já se passaram quatro anos desde então, mas milhares de pessoas, a maioria em Islamabad e arredores, ainda têm esperança de conseguir refúgio.
Nas últimas semanas, centenas foram presas e deportadas, motivo pelo qual as jovens entrevistadas foram identificadas com pseudônimos.
"Isto não é um campo de trânsito indefinido", disse à AFP um funcionário do governo do Paquistão, que pediu anonimato.
Segundo ele, o Paquistão permitirá que afegãos com casos pendentes permaneçam no país se as nações ocidentais garantirem que serão realocados.
- Dar voz a quem não tem -
Shayma e sua banda aprenderam a tocar guitarra em Cabul, em uma escola de música para meninas de uma organização de caridade, onde um ex-roqueiro americano lhes ensinou os primeiros acordes.
"Queremos usar nossa música para aqueles que não têm voz, especialmente meninas e mulheres do Afeganistão", disse Zahra. Para Laylama, de 16 anos, "a música realmente mudou sua vida", reconheceu.
Quando seu pai queimou sua guitarra, temendo represálias dos talibãs - que consideram a música ocidental contrária aos valores islâmicos -, ela chorou "a noite toda", segundo contou.
Em 2023, a embaixada americana entregou ao governo do Paquistão uma lista de afegãos que deveriam ser isentos, explicou um ex-funcionário do órgão responsável por reassentamento de afegãos. Mas esse departamento e a proteção que oferecia foram desativados pelo governo Trump.
Para o analista Ibraheem Bahiss, do International Crisis Group, ao incluir refugiados afegãos em sua campanha de "repatriação de estrangeiros ilegais", o Paquistão pode estar buscando apoio de seus aliados internacionais para sua campanha contra o terrorismo.
Quanto às garotas, vivem com o medo constante de que algum dia alguém bata à porta e as envie de volta para casa.
Do lado de fora, os alto-falantes das mesquitas dos bairros afegãos instam os migrantes a partirem, enquanto autoridades os prendem em suas casas, locais de trabalho ou na rua.
Para controlar a ansiedade, as meninas seguem uma rotina rígida, que começa com uma oração ao amanhecer. Também praticam inglês com vídeos no YouTube e leem "Frankenstein".
"Não é normal ficar sempre em casa, especialmente para as crianças. Elas deveriam estar ao ar livre", afirmou Zahra. "Mas voltar para o Afeganistão? É uma ideia horrível".
F.Fehr--VB