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Protesto de universitários em Cuba reflete demandas sociais pela dolarização
As novas tarifas de internet móvel em Cuba despertaram nos universitários um espírito que não se via desde o triunfo da Revolução, em uma mobilização que reflete a indignação social pela crescente dolarização da economia, desigualdade e queda do padrão de vida.
Desde a entrada em vigor, no dia 30 de maio, os novos preços de telefonia móvel, que limitam o consumo de gigabytes em pesos e favorecem a compra de recargas em dólares, os estudantes emitiram uma série de comunicados de protesto. Alguns até convocaram uma greve.
Após uma semana de agitadas assembleias, anunciaram uma mesa de diálogo, que inicia nesta quarta-feira (11), entre universitários e acadêmicos de uma dezena de faculdades de Havana e autoridades da empresa de telecomunicações Etecsa.
Em paralelo, os alunos denunciaram nas redes sociais pressões de agentes de segurança do Estado para diluir o movimento.
Estudantes da Faculdade de Direito de Holguín (leste) criticaram a nova tarifa como "excludente e elitista".
Os protestos durante uma semana em várias universidades do país não foram apenas contra o chamado "Tarifazo", mas também contra medidas anteriores que dolarizam a venda de gasolina e alimentos, assim como de muitos serviços oferecidos por particulares.
- "Revolução dentro da revolução" -
"Cada vez mais a dolarização está se tornando a moeda emblemática deste país", disse uma estudante de medicina durante um debate da sua faculdade, em um vídeo que viralizou nas redes sociais.
"Sou cada idoso cuja conta bancária não é suficiente para suas necessidades básicas (...) Sou aquele familiar que tem como única forma de comunicação uma videochamada. Sou o estudante que confirma as inúmeras portas abertas que a internet proporciona. Somos um país que enfrenta dificuldades diversas", acrescenta a jovem entre os estrondosos aplausos de seus colegas.
O ativista político Manuel Cuesta Morúa considera que estes jovens se reconectaram 66 anos depois com a tradição dos movimentos estudantis de Cuba, nos quais participaram vários revolucionários, incluindo Fidel Castro (1926-2016).
Estão fazendo "a revolução dentro da revolução, recuperando os estudantes, o discurso originário de uma revolução que se militarizou e se tornou conservadora", disse à AFP este veterano ativista empenhado na abertura democrática de Cuba.
"Não nos opomos ao governo nem à Revolução, mas a políticas específicas que traem suas ideias" socialistas e de equidade, destacou um manifesto estudantil de várias faculdades de Havana.
Enquanto Cuba enfrenta sua pior crise econômica em mais de 30 anos, na ilha se torna cada vez mais visível a diferença entre ricos e pobres, com carros de alta gama circulando pelas ruas de Havana, e preços estratosféricos em bares, restaurantes e lojas, inacessíveis para o cubano comum, que em média ganha 5.700 pesos (261,08 reais).
- "A gota que transbordou o copo" -
O problema é o acesso desigual à famosa nota verde. A maioria dos cubanos recebem seus salários em pesos, que se desvalorizaram drasticamente nos últimos anos.
Segundo o Centro de Estudos de Economia Cubana da Universidade de Havana, entre 2018 e 2023 a inflação aumentou 190%, e no caso dos alimentos chegou a até 470%.
No mercado informal, o peso caiu mais de 1.000% em relação ao dólar, mergulhando muitas famílias em insegurança econômica, enquanto o governo do presidente Miguel Días-Canel tenta captar divisas.
A crise se agrava com o endurecimento do embargo americano, as debilidades estruturais da economia centralizada e uma reforma monetária fracassada.
Tamarys Bahamonde, pesquisadora associada da Universidade Americana em Washington, disse que o aumento tarifário, justificado por Etecsa como necessário para manter o serviço e fazer novos investimentos, foi a "gota d'água".
Etecsa, como um monopólio estatal, "deve ter prestado contas aos seus cidadãos há muito anos sobre os problemas de capitalização e infraestrutura", disse à AFP a acadêmica, que não vê uma solução a curto prazo.
Aos cortes de energia diários, somaram-se horas de silêncio nos celulares de pelo menos duas províncias da ilha por problemas em infraestrutura de dados móveis, que chegaram ao país apenas no final de 2018.
E.Burkhard--VB