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Marcha do Orgulho em Budapeste tem participação recorde, apesar da proibição de Orban
Com bandeiras do arco-íris tremulando bem alto, dezenas de milhares de pessoas participaram, neste sábado (28), da Marcha do Orgulho em Budapeste, proibida pelo governo húngaro e transformada em um ato de desafio ao primeiro-ministro ultraconservador Viktor Orban.
Embora não haja números oficiais disponíveis, os organizadores estimaram que cerca de 200 mil as pessoas que compareceram à marcha, uma participação muito superior ao recorde anterior, de 35 mil.
Para Orban e seu partido, o Fidesz, "este sucesso significativo do Pride [Orgulho] é muito embaraçoso" e terá "repercussões" políticas, disse à AFP o analista Szabolcs Pek.
A manifestação começou por volta das 15h locais (10h em Brasília) perto da Prefeitura da capital húngara, decorada com as cores do arco-íris e sob um sol escaldante. Quatro horas depois, ainda não havia terminado.
Entre os participantes, muitos contaram que era sua primeira vez em uma Marcha do Orgulho, como Zoltan, de 66 anos. "Estou orgulhoso de ser gay e tenho muito medo de que o governo queira nos humilhar. Estou surpreso que haja tantas pessoas", afirmou ele, emocionado.
Marcell Szanto, um estudante de 22 anos e "aliado heterossexual" da comunidade LGBTQIA+, citou uma "experiência formidável", longe do "ódio que costuma caracterizar o ambiente na Hungria".
- Câmeras de vigilância -
A fim de evitar imagens de repressão violenta, Orban descartou qualquer intervenção das forças de segurança. Mas ao mesmo tempo, ameaçou gays, lésbicas e pessoas trans com consequências legais.
Toda a Europa está de olho neste país de 9,6 milhões de habitantes. Bruxelas condenou a proibição, uma repressão inédita dos direitos LGBTQIA+ na União Europeia.
Akos Horvath, um estudante de 18 anos que viajou para a capital da Hungria de uma cidade no sul do país, afirmou que participar da marcha tem "uma importância simbólica". "Não se trata apenas de representar as pessoas gays, mas de defender os direitos do povo húngaro", declarou à AFP.
Trinta e três países apoiaram a Marcha, mas o ministro da Justiça húngaro advertiu os diplomatas na capital que se participarem de um evento proibido terão que enfrentar as consequências.
Dezenas de eurodeputados também compareceram, em aberto desafio à proibição.
As autoridades instalaram câmeras ao longo do trajeto da marcha, equipadas com sistemas de reconhecimento facial.
O governo advertiu que as multas podem chegar a 500 euros (R$ 3,2 mil, na cotação atual) e que organizar uma marcha proibida ou convocar a participação na mesma pode ser punido com até um ano de prisão.
Vários grupos de extrema direita anunciaram contramanifestações no mesmo trajeto da Marcha do Orgulho, onde colocaram uma cruz de madeira adornada com mensagens de protesto. Estas manifestações foram autorizadas pelo governo.
- Gol contra -
"Obrigado, Viktor Orban, por promover uma sociedade mais tolerante", ironizou no Facebook o prefeito de Budapeste, Gergely Karacsony (centro-esquerda), que manteve o ato, argumentando que um evento municipal não precisa de autorização do governo central.
"Em vez de marcar pontos", o governo "marcou um enorme gol" contra ao tentar impedir o evento de hoje, apontou outro opositor, Peter Magyar, que lidera as pesquisas para as eleições legislativas de 2026.
Segundo o analista político Daniel Mikecz, o governo tenta "intimidar as pessoas", sem levar em conta que a proibição da marcha viola os tratados europeus assinados pela Hungria quando o país se uniu à União Europeia, em 2004.
O governo assegura que os menores não devem ser expostos à homossexualidade e à transidentidade ou ao que qualifica de "depravação".
O Executivo húngaro aprovou, em março, uma lei que proíbe marchas como as do Orgulho e também emendou a Constituição para restringir os direitos LGBTQIA+, em nome dos direitos das crianças.
Encorajado pela ofensiva do presidente americano, Donald Trump, contra os programas de promoção da diversidade, Orban esperava "polarizar a sociedade", de acordo com cientistas políticos, um método que em outras ocasiões lhe deu bons resultados.
Antes de Orban voltar ao poder, em 2010, a Hungria era um dos países mais progressistas da região.
A homossexualidade havia sido descriminalizada no começo da década de 1960 e a união civil entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida em 1996. Mas Orban foi mudando gradualmente a situação.
"Repugnante... Virou moda isso de nos exibirmos", declarou à AFP uma mulher que se identificou apenas como Katalin, a favor da proibição imposta pelo governo.
As marchas do Orgulho costumam ser realizadas em junho, em comemoração aos chamados distúrbios de Stonewall, ocorridos em Nova York em 28 de junho de 1969, após uma operação policial em um bar gay.
M.Schneider--VB