
-
Defesa Civil de Gaza relata 30 mortos por disparos israelenses
-
TikTok lança nos EUA ferramenta de verificação de informações pela comunidade
-
Swiatek, Keys e Osaka avançam à terceira rodada do WTA 1000 de Montreal
-
Shelton e Rublev avançam para a 3ª rodada do Masters 1000 de Toronto
-
Milhões de pessoas são evacuadas por risco de tsunami no Pacífico
-
Trump oficializa ameaça de tarifas de 50% ao Brasil
-
Celta de Vigo contrata atacante Bryan Zaragoza por empréstimo do Bayern de Munique
-
Fed mantém taxas inalteradas apesar da oposição de dois governadores e de Trump
-
Keys e Osaka avançam à terceira rodada do WTA 1000 de Montreal
-
EUA sanciona frota comercial vinculada a governantes do Irã
-
Fifa se diz aberta a negociar com sindicato FIFPro, mas descarta 'monopólio'
-
De Paul chega ao Inter Miami motivado para 'jogar com o melhor do mundo'
-
Kamala Harris não irá se candidatar ao governo da Califórnia
-
EUA impõe sanções econômicas ao ministro Alexandre de Moraes
-
PF cumpre mandado na sede da CBF em investigação sobre crime eleitoral
-
Artistas e cientistas reproduzem rosto de mulher pré-histórica
-
EUA e Índia lançam satélite de observação terrestre
-
Defesa Civil de Gaza relata 14 mortos por disparos israelenses
-
Wirtz marca seu 1º gol pelo Liverpool em amistoso no Japão
-
AFA e River Plate criticam medida de Milei que aumenta impostos sobre clubes
-
Economia do México cresceu 1,2% no 2º trimestre entre ameaças de tarifas dos EUA
-
Trump ameaça Índia com tarifas de 25% a partir de 1º de agosto
-
Ex-treinadora da seleção canadense suspensa por espionagem assume time da Nova Zelândia
-
Granit Xhaka deixa Bayer Leverkusen e volta à Premier League pelo Sunderland
-
Os últimos acontecimentos da guerra em Gaza
-
China quer superar EUA no setor da inteligência artificial
-
Tailândia e Camboja se acusam mutuamente de violar a trégua
-
Como as tarifas de Trump impactarão o cobre chileno?
-
Bicampeã olímpica de biatlo tem morte confirmada 2 dias após acidente em montanha no Paquistão
-
PIB dos EUA cresceu 3% no 2º trimestre, melhor que o esperado
-
Cinco produtos ameaçados pelas próximas tarifas de Trump
-
Bayern de Munique anuncia contratação do atacante colombiano Luis Díaz
-
Gaza, vista do céu, é um território submerso na escuridão
-
China desarticula organização criminosa que vendia bonecas Labubu falsificadas
-
Cidade britânica de Birmingham se despede de Ozzy Osbourne
-
PIB da zona do euro cresceu 0,1% no 2T, mas tensões comerciais afetam a perspectiva
-
Terremoto de magnitude 8,8 na Rússia dispara alertas de tsunami no Pacífico
-
Kate Middleton assina 'miniexposição' em museu de Londres
-
Ataque armado de gangues em funeral deixa sete mortos na Guatemala
-
Brasil goleia Uruguai (5-1) e vai enfrentar Colômbia na final da Copa América feminina
-
Alertas de tsunami são emitidos no Pacífico após forte tremor no litoral russo
-
Países árabes se somam a pedido de desarmamento do Hamas
-
Haddad vê 'sinal' de abertura dos EUA a diálogo sobre tarifas
-
Reino Unido vai reconhecer Estado palestino se Israel não avançar em solução para Gaza
-
Trump 2.0 não tem problemas em fazer dinheiro extra
-
Ataque russo a campo de treinamento deixa 3 mortos e 18 feridos na Ucrânia
-
Bolívia rejeita declarações de presidente peruana de que é um 'país falido'
-
Brasileiro Lucas Ribeiro recebe 4 prêmios do futebol sul-africano
-
Trump diz que se desentendeu com Epstein porque ele contratava funcionários de seu spa
-
Sorteio da Copa do Mundo de 2026 será em dezembro em Las Vegas

Jovens pintores negros cariocas fazem sucesso no mercado da arte
Sua tela está de frente para uma janela com vista para o morro do Pão de Açúcar, cartão-postal do Rio de Janeiro. Mas o artista plástico carioca Jota prefere retratar os barracos de uma favela.
As obras desse autodidata de 22 anos têm se tornado muito valorizadas entre os colecionadores, tanto no Brasil quanto no exterior.
E ele não está sozinho: uma nova geração de artistas negros nascidos em bairros pobres do Rio ganha destaque em feiras de arte contemporânea e museus de prestígio.
O universo que inspira as criações de Jota, cujo nome verdadeiro é Johny Alexandre Gomes, é o complexo do Chapadão, na zona norte do Rio, onde os tiroteios são frequentes.
Para chegar à casa onde sua mãe mora com o irmão mais velho é impossível entrar de carro: os traficantes montaram uma barricada com blocos de concreto do outro lado da rua para impedir a entrada da polícia.
A violência policial é um dos temas presentes nas obras de Jota, retratada com especial realismo em uma pintura que mostra um grupo de vizinhos carregando um cadáver envolto em um lençol ensanguentado, durante uma operação policial na favela.
- "Mais que uma moda" -
"É difícil pintar sobre essa realidade, mas é preciso ser mostrado", afirma Jota.
Ele também tenta transmitir um "outro olhar" sobre a favela, como o charme das "casas empilhadas" ao lado dos coqueiros, ou a atmosfera dos "bailes funk" frequentados pelos jovens do Chapadão.
Aos 16 anos, Jota ajudava o tio pedreiro. Pintou suas primeiras criações em pedaços de papelão ou placas de compensado que colecionava na construção, com tinta acrílica barata.
Tudo mudou quando fotos de seus trabalhos no Instagram chamaram a atenção de Margareth Telles, fundadora da plataforma MT Projetos de Arte, que gerencia suas vendas, fornece materiais e um estúdio no centro, com vista para o Pão de Açúcar.
Na feira anual de arte contemporânea ArtRio, as obras de Jota esgotam em poucas horas. Na última edição, em setembro do ano passado, era preciso pagar ao menos 15 mil reais para adquirir uma delas.
Com o dinheiro, ele comprou uma casa a 100 metros da casa da mãe, no Chapadão.
"Hoje, posso dizer que minha vida melhorou, e muito. Mas quero poder fazer muito mais ainda", conta à AFP este artista, que em 2021 expôs seu trabalho em Amsterdã, depois de ganhar o prêmio do Fundo Prince Claus na Holanda.
Para Margareth Telles, a ascensão de jovens artistas negros como Jota não é "uma moda", mas um movimento "que veio para ficar", impulsionado especialmente pela consciência despertada no mundo pela morte do americano George Floyd pelas mãos da polícia em 2020.
No ano passado, Jota expôs uma de suas obras no Museu de Arte de São Paulo (Masp), ao lado de uma pintura do modernista Candido Portinari (1903-1962), um dos mais renomados pintores da história do Brasil.
- Influência do hip hop -
O Bastardo, outro representante dessa nova onda, acaba de inaugurar sua primeira exposição individual no Museu de Arte do Rio (MAR).
O pintor de 25 anos, que prefere não revelar o nome, começou na arte como grafiteiro. Ele ficou conhecido com a série 'Pretos de Griffe', que retrata a sua maneira personalidades negras, como o casal Beyonce e Jay-Z, Basquiat e Martin Luther King.
Assim como Jota, ele foi criado por mãe solo (daí o nome artístico) e foi descoberto no Instagram, em 2021, por colecionadores italianos.
"Estava em Paris depois de ganhar uma bolsa da escola de Beaux Arts, mas não tinha um centavo no bolso, dormia no sofá de uma amiga", lembra o artista nascido em Mesquita, município da Baixada Fluminense.
Seu sucesso internacional ecoou no Brasil, onde hoje é representado por grandes galerias.
"Com todos os pedidos que recebi, estou com agenda fechada próximos cinco anos", afirma o artista de dreadlocks.
O Bastardo mistura o cotidiano do seu bairro com outras referências, até mesmo distantes.
No "Salão da Tia Nenê", por exemplo, há "uma cadeira onde Kanye West se sentou durante um desfile de moda em Paris e azulejos de uma casa destruída na Síria" que ele viu no noticiário.
"Para a maioria dos jovens artistas negros cariocas, a referência não é Picasso, mas a cultura hip hop. É uma revolução social, que questiona os cânones da arte", afirma Marcelo Campos, curador do Museu de Arte do Rio (MAR).
G.Schulte--BTB